Desporto

1º de Agosto mantém registo vitorioso diante do Interclube

Honorato Silva

Jornalista

Com golo do hondurenho Bryan Moya, na conversão de penaltie, aos 53 minutos, o 1º de Agosto derrotou o Interclube, por 1-0, ontem no Estádio 22 de Junho, e reforçou o comando do Girabola, no arranque da segunda volta da competição, ao totalizar 36 pontos, contra os 25 do adversário, na quinta posição.

25/04/2021  Última atualização 11H30
Rubro e negros marcaram o golo da vitória aos 53 minutos por intermédio do hondurenho Moya © Fotografia por: Agostinho Narciso | Edições Novembro
A história do desafio foi pontuada por uma toada de alternância no controlo das iniciativas. No entanto, a seguir ao avanço no marcador, os detentores do título que competem focados no "penta”, quinta conquista consecutiva do troféu da prova, recuaram no terreno, empurrados pelos donos da casa, muito determinados em evitar a derrota.

 Um pouco a lembrar o filme da primeira volta, a formação do antigo RI-20 viu-se forçada a cerrar fileiras para não consentir o empate. Os laterais Mona e Paizo (capitão) estiveram impecáveis na coordenação com os centrais Bobó e Bonifácio, bem apoiados por Herenilson, Mário Balbúrdia e depois Macaia, na anulação dos caminhos que pudessem ser explorados para visar a baliza.  
 

Vontade na indefinição
Muita vontade e pouca capacidade de visar a baliza foram as notas dominantes dos primeiros 45 minutos da partida dirigida por Josué Chitumba, que fez cumprir um minuto de silêncio pela morte de Luciano Martins "Soba Malanje”, vogal de Direcção do clube militar, vítima de acidente de viação.  Numa proposta de imposição do favoritismo enunciado na tabela classificativa, os rubro e negros, líderes à entrada da segunda volta, com 33 pontos, apostaram na pressão alta na saída de bola dos polícias, quintos, 25, no recomeço da competição.

Os pupilos do português Paulo Duarte criavam ascendente na posse da bola, mas sem fazer a diferença no futebol sem baliza que proporcionavam ao público, no estádio,  e ao telespectador, em casa.  
 À passagem do quarto de hora, a equipa do Rocha Pinto, orientada por Ivo Campos, também português, passou a exigir maior entrega defensiva aos tetracampeões nacionais, ontem mais seguros no corredor central, face à  presença de Bonifácio ao lado de Bobó, poupado da insegurança transmitida por Jó Vidal, no empate (2-2), frente ao Wiliete de Benguela. 

 
Virtude no meio campo
O equilíbrio das disputas a meio campo levou os anfitriões a dividir o controlo do tempo  de jogo. Caiá, Paty e Nandinho acertaram as marcações e, consequentemente, anularam o arreganho inicial do trio formado por Edmilson, Herenilson e Mário Balbúrdia, na organização das acções ofensivas, bem como no momento de ditar o balanço da equipa no processo defensivo.

 Das poucas situações de perigo criadas na primeira parte, merece destaque o remate de Melono Dala, aos sete minutos, para o corte de Panilson, enquanto aos 41 Mano Calesso tirou o guarda-redes Neblu da condição de figurante, visto que teve de esboçar uma defesa de grande calado técnico, de modo a evitar o golo. Excepção feita às incursões de Zini, avançado que começa a fazer lembrar Pedro Mantorras, na fase embrionária da carreira, ao serviço do Alverca de Portugal, as equipas pareciam estar numa partida sem balizas.  Na procura incessante da igualdade, Paty assinou um dos momentos mais lamentados pelo conjunto azul, ao fazer a bola beijar com estrondo o travessão, na cobrança de um livre à entrada da área. Neblu esteve perto de ver repetido o golo de compêndio apontado por Maria Pia do Wiliete, na última partida dos rubro e negros.


Sopro de vida em Calulo

Com pouca margem para desperdício, o Recreativo do Libolo aproveitou o factor casa e derrotou o Progresso Sambizanga, por 1-0. A equipa da vila de Calulo, comandada há poucas semanas pelo português Paulo Torres, encontrou o "sopro de vida” na parte baixa da tabela, graças ao golo de Caneta, que assinou a subida do penúltimo lugar ao 11º, 16 pontos, os mesmos do adversário que viajou de Luanda.
 Na outra partida da abertura do segundo turno disputada ontem, o estreante Baixa de Cassanje e o Recreativo da Caála foram incapazes de evitar a igualdade sem golos. Os malanjinos, no 14º posto, 15 pontos, têm mais com que se preocupar em relação aos caalenses amparados pelo conforto dos 22 pontos, na sexta posição.

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