Segundo o fundador da Associação, Nuno Cruz, neste preciso momento, existem 105 ecopontos já instalados na centralidade do Kilamba, nos quarteirões (U-6, U-23, R-13 e C-27).
O líder associativo informou que estão empregados mais de 300 catadores que se dedicam à recolha selectiva de resíduos sólidos.

Construídos a partir do reaproveitamento de tambores de óleo industrial, os ecopontos são transformados em depósitos de artigos inorgânicos  (latas,  plásticos e papelão), com o objectivo de  incentivar a separação dos resíduos a partir de casa.
Os ecopontos em Luanda, surgiram da necessidade de ajudar na melhoria da qualidade do ambiente das comunidades, com base no projecto "Meu resíduo, minha responsabilidade”, para  sensibilizar a sociedade.
"O projecto assume um papel preponderante na mitigação da poluição, através de resíduos urbanos nas comunidades e na prevenção de doenças provenientes das bactérias do lixo”.
 
Maura José, uma jovem catadora de lixo, integrada no projecto de separação dos resíduos sólidos, queixou-se da falta de respeito por parte de algumas pessoas, que "dizem que o nosso trabalho não é digno”. Com lágrimas nos olhos, Maura José afirma que é a partir desse trabalho "onde ganhamos o pão do dia”. Já o seu colega António Nzinga lembrou que sai de casa para trabalhar, por isso é que faz  a colecta de resíduos sólidos "sem rodeios”, pois o que ganha serve para pagar os seus estudos.