Economia

500 mil toneladas de rochas são produzidas na região Sul

Arão Martins | Lubango

Jornalista

Mais de 500 mil toneladas de rochas ornamentais foram produzidas pelas empresas que integram a Associação dos Produtores, Transformadores, Comercializadores e Exportadores de Pedras do Sul de Angola (APEPA), informou, ontem, na Huíla, o presidente da agremiação.

27/04/2021  Última atualização 09H00
Ministro Diamantino Pedro Azevedo presenciou ontem a abertura da Expo que se realiza em alusão ao “Dia do Mineiro” © Fotografia por: Arão Martins| Edições Novembro
Marcelo Sico falava na abertura da Expo-Rochas 2021, que contou com as presenças do governador provincial da Huíla, Nuno Mahapi Dala, e do ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro Azevedo.

A Expo-Rochas 2021 realiza-se no âmbito das Jornadas Técnicas do "Dia do Mineiro”, que se assinala hoje, 27 de Abril.Conforme especificou Marcelo Sico, 350 mil toneladas de pedras foram produzidas na Huíla e 150 mil na província do Namibe. A Associação exportou mais de 400 mil pedras em 2020 e acredita que este ano será melhor para todos.

"A ano 2020 foi difícil para todo o mundo. Mesmo assim, conseguiu-se produzir quantidades elevadas, sem contar com as empresas baseadas nas províncias do Cuanza- Sul e Huambo, que exportaram através do Lobito (Benguela)”, disse.De acordo com o líder associativo, apesar da crise que vive a economia angolana e mundial, a indústria de rochas está a resistir e continua a dar passos firmes e seguros na diversificação da economia, com reflexo no aumento das receitas fiscais, das exportações e na criação, cada vez mais, de novos postos de trabalho.

O presidente da Associação dos Produtores, Transformadores, Comercializadores e Exportadores de Pedras do Sul de Angola (APEPA) informou que, actualmente, mais de 50 por cento das exportações de pedras é feita por contentores.Marcelo Sico disse que os portos de Luanda e do Lobito têm muitos contentores vazios que os armadores podem transferir para o do Namibe a fim de não parar o negócio das pedras."Actualmente, uma das grandes preocupações do nosso país para potenciar a economia é fomentar a atracção do investimento privado”, defendeu.

Outro factor importante para o industrial é de que não se deve perder de vista o caminho da harmonização regional, do mercado comum de África e da SADC. Nesse sentido, indicou, os aeroportos, caminhos-de-ferro e portos devem servir como elementos materiais para a promoção do desenvolvimento económico do país e de evitar-se a "fúria arrecadatória” dos administradores nomeados com a imposição de taxas e tarifas altas, que, duma ou doutra maneira, sufocam as empresas e travam o crescimento da economia nacional.

"Queremos um diálogo franco, aberto e transparente com o Caminho-de-Ferro de Moçâmedes, Porto do Namibe, Sogester, Administração Geral Tributária (AGT) e o Banco Nacional de Angola (BNA), além do Comando Provincial da Polícia da Huíla e todos intervenientes na cadeia de valores, a fim de apresentarem o seu contributo na viabilização da indústria de rochas na região”, solicitou.Aos governos da Huíla e do Namibe solicitou um controlo rigoroso no peso de cada camião, não só de pedras, mas de qualquer carga, para que sejam respeitados os limites. Para Marcelo Sico, proibir a circulação durante o dia de camiões de pedras, no troço Lubango/Namibe, é uma medida anti-económica e desincentiva os investidores.

O director do Gabinete Provincial de Desenvolvimento Económico Integrado, Manuel Machado Quilende, disse que a feira visa mostrar o potencial no subsector de rochas ornamentais, e para além de revelar o potencial do minério a bruto, também aquilo que é possível transformar e pode ser exportado como produto acabado.

Das 16 empresas controladas, participam da exposição nove (9) expositores, que actuam nos municípios da Chibia, Gambos, Quipungo,na Huíla, e outras do Namibe e Cunene.Presenciaram também a abertura da Expo-Rochas 2021 os embaixadores de Espanha, Alemanha e Portugal.

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