Não foi por isso surpreendente que o Papa Francisco, líder da Igreja Católica, tivesse aderido à campanha a favor da suspensão temporária dos direitos de propriedade intelectual sobre as vacinas que estão a combater a Covid-19.
A voz do Papa, numa altura em que os países subdesenvolvidos têm dificuldades para ter acesso a vacinas contra o coronavírus, pode ajudar consideravelmente na luta por uma distribuição equitativa de vacinas em todo o mundo. A pandemia da Covid-19 pôs a descoberto o egoísmo de vários países, que entendem que só devem resolver os seus problemas em termos de imunização das respectivas populações.  Vivemos hoje, como se costuma dizer, numa aldeia global, em que os países estão dependentes uns dos outros sob diversas formas, pelo que convém que a distribuição de vacinas seja universal.  O Papa Francisco, ao defender a suspensão temporária de direitos sobre as vacinas contra a Covid-19, junta-se à posição do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o que pode levar a comunidade internacional a pressionar aqueles que ainda se opõem a essa suspensão. 
 Que Joe Biden e o Papa Francisco façam uso de toda a sua influência para se conseguir que haja justiça na produção e distribuição de vacinas contra uma doença que continua a matar diariamente milhares de pessoas no mundo. Que a voz do Papa Francisco e a diplomacia dos Estados Unidos venham a contribuir para que os países pobres possam também ter acesso rápido a vacinas contra a Covid-19. Fez bem o Papa ter tomado uma posição clara em relação à produção e distribuição de vacinas contra a Covid-19, dando assim esperança a milhões de pessoas de poderem tomar fármacos que são importantes para a salvaguarda das suas vidas. Os termos da mensagem do Papa Francisco sobre a questão da produção e distribuição de vacinas contra a Covid-19 podem ser decisivos para salvar muitas vidas humanas.