Sociedade

´Abstenção marca reinício das aulas

Hermínio Fontes | Benguela

Jornalista

A pouca adesão dos alunos do ensino pré-escolar marcou, ontem, em Luanda, o reinício das aulas neste subsistema de educação, um ano após terem sido suspensas devido à pandemia da Covid-19.

06/04/2021  Última atualização 07H47
© Fotografia por: Alberto Pedro | Edições Novembro
Aluno da iniciação na escola Nº83, Pedro Miguel manifestou a satisfação de rever os colegas, um ano depois, apesar de poucos terem aparecido no primeiro dia de aulas. "Estou feliz por voltar a rever meus colegas, mas, infelizmente, não podemos dar abraços, como antes, devido à Co-vid-19”, lamentou.

A satisfação de Pedro Miguel contrastava com a preocupação da mãe, que mostrou-se inquieta com as condições de biossegurança e a vigilância dos professores aos alunos antes, durante e depois das aulas. "O meu filho é muito irrequieto, dificilmente fica num só lugar. O momento que vivemos exige cuidados redobrados”, disse.
Já no Centro Infantil do Nelito Soares, a adesão dos pais que levaram os filhos à escola foi muito tímida. Ontem, primeiro dia do reinício das aulas no ensino pré-escolar, apenas seis crianças apareceram para as aulas.

A directora do Centro, Domingas Gomes, explicou que muitos pais apareceram apenas para saber as condições de biossegurança criadas para a prevenção da Covid-19. "O Centro tem água, sabão e lixívia, para a higienização das crianças. Os pais garantem trazer os filhos”, disse.

O estabelecimento tem capacidade para 500 crianças dos 2 aos 6 anos, mas, nesta altura, estão matriculadas apenas 400. "Geralmente, aparecem apenas, durante o ano lectivo, entre 280 a 300 crianças. Este ano, devido à pandemia, não temos certeza se vamos chegar a estes números habituais”, referiu.

Domingas Gomes garantiu que todas as vigilantes do centro já foram imunizadas e aguardam pela segunda dose da vacina.
A abstenção também foi notória no Colégio Santa Catarina, onde apenas três crianças apareceram para as aulas. Alguns pais e encarregados de educação, preocupados com as condições de biossegurança, foram buscar os filhos mais cedo, para evitar as aglomerações.

O encarregado de educação Jorge Paulo reconheceu as condições de biossegurança criadas naquele estabelecimento de ensino, onde o número de alunos por turma foi reduzido, para permitir o distanciamento físico.


Benguela
A escola secundária Luís Gomes Sambo, em Benguela, retomou as aulas no ensino pré-escolar com quatro turmas, com 35 alunos, num total de 140 educandos. A direcção da escola e professores deram as boas-vindas aos alunos e reforçaram a necessidade de bom comportamento para a prevenção da Covid-19.

A directora da escola Luís Gomes Sambo, Terezinha Ernesto, assegurou que as crianças acataram os conselhos dados pelos professores, por serem mais obedientes. Garantiu que os professores já foram vacinados, por isso, apelou os pais e encarregados de educação a levarem os filhos à escola.

João Pedro | Luanda


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