Segundo a Angop, o quarto curso, iniciado a 14 de Março de 2016, teve 11 especialidades, entre as quais Engenharia Militar, Tanques, Infantaria e Defesa Química, tendo sido graduados e patenteados 162 novos oficiais subalternos ao grau de tenente. Destes, constam cinco cidadãos cabo-verdianos, no quadro da coope-ração militar com aquele país do arquipélago.
José Alberto Viegas lembrou aos cadetes que a prontidão e a capacidade do Exército dependem do nível de preparação do oficialato e das suas qualidades. "Não é possível organizar e desenvolver um Exército sem dispor de um número suficiente de comandantes e chefes, devidamente formados”, alertou o comandante. Adiantou ainda que as Forças Armadas Angolanas (FAA) encontram-se num processo de rejuvenescimento, promovendo a prospecção de quadros oficiais com perfil de comando e liderança e dotados de espírito de sacrifício e de missão.
O chefe do Estado Maior-General, general Egídio de Sousa Santos, alertou os novos oficiais de que o exercício da profissão militar é muito complexo e exige capacidade de discernimento nas decisões. Fez saber que ao longo da execução de uma missão, o militar depara-se com a redução de liberdade de acção e o aumento de constrangimentos. "Neste sentido, a adaptação do militar no contexto onde age constitui um fundamento a ter em conta”, sublinhou.
Egídio de Sousa Santos aproveitou para dar uma palavra de apreço ao embaixador cabo-verdiano, Jorge Eduardo de Figueiredo, presente no acto, pelo comportamento dos seus compatriotas, devido à dedicação e resiliência demonstradas. Estiveram, também, presentes, além das altas patentes dos vários ramos das Forças Armadas, várias entidades da província, nomeadamente o reitor da Universidade Katiavala Buila, autoridades eclesiásticas, tradicionais e outros convidados.
A Academia Militar do Exército é um estabelecimento de ensino superior que tem a missão de formar oficiais do quadro permanente, com as qualidades requeridas no ambiente do rápido desenvolvimento tecnológico que hoje se vive.