Economia

Acima de cem empresas no ramo do Embalamento

O mercado nacional tem mais de 100 empresas dedicadas à actividade de embalamento de produtos importados a granel, prevendo um aumento real como consequência das recentes medidas do Governo que restringem a entrada de bens empacotados fora de Angola.

03/04/2021  Última atualização 13H00
Representante institucional e empresários defendem proibição como benéfica para o país © Fotografia por: DR
De acordo com o director Nacional da Indústria, César Cruz, da mesma forma em que não se proibiram as importações de certos bens, imperando restrições baseadas em consultas prévias sobre a prevalência de oferta no mercado interno, a questão dos produtos embalados também deve ser vista da mesma perspectiva.  

Num debate transmitido quinta-feira pela TPA, o responsável da Indústria rebatia as preocupações do empresário Raúl Mateus, tendo afirmado que a proibição de trazer embalados de fora vai poupar divisas e gerar mais empregos.  

Segundo o director nacional da Indústria, a medida já vem tarde e está em linha com as estratégias de valorização e protecção da produção nacional.  O empresário Décio Catarro, da província de Benguela, entende que, no curto prazo, os empresários podem ressentir-se negativamente desta medida, mas no médio e longo prazo haverá ganhos efectivos.  "Há muito produto do campo a estragar-se todos os meses e os empresários não têm soluções. A lei agora em vigor vem proteger estes produtos, porque fomenta o investimento em maquinaria de embalamento e, isso, vai resultar na diminuição dos actuais níveis de importação”, disse.  

Contudo, o empresário recorda existir ainda um prazo de 90 dias até a entrada em vigor da lei que proíbe a importação de produtos pré-embalados para a embalagem feita no país.  No mesmo sentido, o economista Elizeu Vunge afirma ser esta uma excelente oportunidade para os empresários pouparem divisas, gerarem mais postos de trabalho e diminuírem o custo dos produtos imputados ao consumidor final.  

Para o docente, precisa-se de diálogo e maior esclarecimento entre o departamento ministerial e os empresários, para garantir-se, de facto, uma menor pressão sobre a balança de pagamentos e criação de soluções no país.  Já o empresário Raúl Mateus entende haver necessidade maior clarificação, tendo apontado uma certa incoerência no decreto actual com outros anteriores.  

Raúl Mateus reclamou da falta de prévia consulta e advoga custos e prejuízos para os empresários em resultado da implementação da medida.  O empresário Raúl Mateus entende que a medida de proibição de importação de produtos embalados pode retrair os negócios, pois considera existir falta de condições, de momento, para a concretização bem-sucedida desta medida tomada pelo Ministério da Indústria e Comércio. 

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