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ACNUR aponta condições difíceis em Cabo Delgado

As condições de segurança em Cabo Delgado mantêm-se voláteis e os principais distritos afectados pela insurgência armada continuam inacessíveis para as equipas humanitárias, lê-se num relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) hoje divulgado na capital moçambicana Maputo.

26/01/2021  Última atualização 19H50
Várias famílias são obrigadas a procurar zonas mais seguras © Fotografia por: DR
"A situação de segurança em Cabo Delgado permanece volátil com as operações militares em curso em certas partes da província, incluindo nas áreas perto de Mueda, Muidumbe e Mocímboa da Praia devido à presença activa de grupos rebeldes armados”, referiu o documento distribuído na capital.

Durante o período abrangido pelo relatório, de 15 de Dezembro a 15 de deste mês, "houve também uma escalada significativa de ataques conduzidos por grupos armados nos distritos de Palma, Nangade e Macomia, incluindo ataques armados na península de Afungi”, onde nasce o mega projecto de exploração de gás natural, destacou o ACNUR.
Os distritos de Quissanga, Macomia, Meluco, Mocímboa da Praia, Muidumbe e Nangade, os mais afectados pelos ataques rebeldes, "permanecem inacessíveis às agências da ONU e outras organizações humanitárias devido à insegurança, forte presença de grupos armados e operações policiais e militares em curso”.

A violência armada em Cabo Delgado, Norte de Moçambique, está a provocar uma crise humanitária com cerca de duas mil mortes e mais de meio milhão de pessoas deslocadas.
Segundo o relatório distribuído pelo ACNUR, há 530 mil deslocados pelo conflito armado em busca de porto seguro noutros distritos de Cabo Delgado, mas também nas províncias vizinhas de Niassa e Nampula.

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