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Acusados de vandalizar esquadra vão hoje a julgamento sumário

Quatro indivíduos acusados de vandalizar a Esquadra de Polícia do bairro Catintom, em Luanda, vão ser hoje apresentados ao Ministério Público e posteriormente encaminhados ao tribunal, para julgamento sumário.

22/02/2021  Última atualização 07H45
Não é a primeira vez que elementos desconhecidos tentam vandalizar esquadra da Polícia © Fotografia por: Santos Pedro | Edições Novembro
De acordo com a Polícia Nacional, os factos ocorreram na quinta-feira, por volta das 23 horas, quando um grupo de cerca de 20 elementos, entre familiares e amigos, que tentavam invadir uma residência onde vive um jovem acusado de matar, a facada, Abraão Alberto, 21 anos, foi impedido pela Polícia. 

Informações recolhidas pelo Jornal de Angola, no bairro Catintom, dão conta que a confusão começou na terça-feira, quando dois grupos rivais de jovens envolveram-se numa rixa, com objectos contundentes, que resultou na morte de Abrão Alberto, integrante de um grupo, supostamente por motivos passionais.

Em forma de vingança, os integrantes do grupo em que pertencia o malogrado, incluindo familiares, foram à residência de um dos integrantes do grupo que supostamente assassinou o jovem Abrão e tentaram invadir e vandalizar a sua casa, criando pânico e insegurança, obrigando os moradores a se recolherem.

O chefe do Departamento de Comunicação Institucional e Imprensa do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, inspector-chefe Nestor Goubel, disse que a Polícia, chamada ao local para repor a ordem, foi recebida com tiros e pedras. Na troca de tiros, disse, morreu um elemento, por sinal irmão de Abraão Alberto, que havia sido morto pelo grupo adversário, dias antes.

Falando em exclusivo ao Jornal de Angola, Nestor Goubel explicou que a ocorrência teve lugar quando um morador do bairro Catintom se deslocou à esquadra, onde informou os efectivos  que na rua da Lavagem havia uma residência que estava a ser invadida por um grupo de jovens.
Acrescentou que a Polícia fez deslocar quatro efectivos ao local, tendo encontrado cerca de 20 elementos a arremessar objectos contundentes para o interior da referida residência.

Explicou que a segurança foi reforçada com mais dois elementos da Brigada Moto e que, momentos depois, surgiram novamente os jovens, acompanhados por mais elementos da família, com um cadáver ao colo, alegando que foi morto pela Polícia.
Segundo Nestor Goubel, os jovens invadiram a esquadra e depositaram o corpo do cidadão no chão. Com objectos contundentes, danificaram três vidros das janelas do piquete e sala de operações, um holofote, um computador (monitor e teclado),bem como o vidro frontal da viatura (patrulheiro) de marca Toyota Land Cruiser e o letreiro (painel luminoso) da esquadra.

Os familiares alegam não terem condições para realizar os funerais e pretendem que a corporação assuma os custos dos óbitos.
O também porta-voz da Polícia Nacional em Luanda, Nestor Goubel, informou ao Jornal de Angola que a corporação não vai custear as despesas dos óbitos, uma vez que foi recebida de forma violenta quando tentava repor a tranquilidade pública no bairro Catintom.

De salientar que não é a primária vez que cidadãos tentam invadir uma esquadra de Polícia. No mês de Setembro do ano passado, populares realizaram um acto de pilhagem ao Posto Policial dos Ossos, na Petrangol, por volta das 21 horas. O caso ocorreu quando alguns populares levaram até aquele posto policial um cidadão acusado de roubo, tendo ficado descontentes com a forma como o caso estava a ser tratado pelos efectivos da Polícia, criando desordem e actos de pilhagem.

Em reacção, um dos agentes efectuou disparos, que causaram a morte de Helena Mussunda, uma situação que provocou ira aos populares, causando vários constrangimentos à corporação. Nestor Goubel pede calma aos cidadãos, aconselhando no sentido de evitarem confrontos com a Polícia Nacional.  

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