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Administradas mais de 100 milhões de doses de vacinas em todo o mundo

Mais de 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 foram administradas no mundo, menos de dois meses após o lançamento, no início de Dezembro, das primeiras campanhas de vacinação em massa, segundo um relatório da agência France-Press.

03/02/2021  Última atualização 08H05
srael é, de longe, pela imunização © Fotografia por: DR
Israel é, de longe, o país mais avançado na corrida pela imunização, tendo mais de um terço da população (37%) recebido pelo menos uma injecção. Um em cada cinco israelitas (21%) já recebeu a segunda dose, completando o processo.  Todas as vacinas que circulam actualmente no mundo necessitam de duas doses para conferir uma imunização ideal.

Privilégios de países ricos

Os países de alto rendimentos (conforme definição do Banco Mundial), que abrigam apenas 16% da população mundial, concentram 65% das doses administradas em todo o mundo. Além de Israel, são essencialmente países da América do Norte, Europa e Golfo.
Na liderança estão o Reino Unido (9,8 milhões de doses para 13,7% da população),  Estados Unidos (32,2 milhões de doses, 7,9%), Emirados Árabes Unidos (3,4 milhões de doses, sem dados sobre o número de pessoas) ou a Sérvia (6,2%).
Na União Europeia, 12,7 milhões de doses foram administradas a 2,3% da população. Entre os 27, o pódio é composto por Malta (5,4%), Dinamarca (3,2%) e Polónia (3,1%).
Já os gigantes China e Índia, classificados nas categorias de rendimento intermédio, administraram, respectivamente, 24 e quatro milhões de doses, mas estão atrasados em proporção à população.
 
Países pobres esperam

Mais de um terço da população mundial (35%) vive em países que ainda não começaram a imunização. São, na maioria, nações desfavorecidas, que "olham e esperam", nas palavras do chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, o grande crítico do "nacionalismo vacinal".  Até ao momento, nenhum país de baixo rendimento iniciou uma campanha de vacinação em massa. Aguardam as primeiras entregas, previstas para este mês, do mecanismo Covax, criado pela OMS e pela Aliança para Vacinas (Gavi).
Alguns países ricos, como o Japão, Coreia do Sul ou Austrália, também ainda não começaram a imunizar.  

Diplomacia da vacinação


Actualmente, estão sete vacinas em circulação em todo o mundo. América do Norte, Europa, Israel e países do Golfo optaram principalmente pelas desenvolvidas pela Pfizer-BioNTech (norte-americana e alemã) e pela Moderna (norte-americana), enquanto a vacina britânica AstraZeneca-Oxford, que em breve desembarca na União Europeia após a recente autorização, é administrada principalmente no Reino Unido e na Índia, mas também em Myanmar (antiga Birmânia), Marrocos ou Sri Lanka.

A Índia também depende de uma vacina desenvolvida localmente, da Bahrat Biotech.
A vacina Sputnik V, do centro russo Gamaleya, é administrada na Rússia, mas também na Argentina, Bielorrússia, Sérvia e Argélia.
Quanto às vacinas chinesas, além da China, a da Sinopharm é administrada nos Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Ilhas Seychelles, Egipto, Laos e Sérvia, e a da Sinovac na Indonésia, Brasil e Turquia.

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