Economia

Agricultura absorve a maior parte do crédito ao sector produtivo

Trezentos e cinquenta e seis ou 46,4 por cento dos 767 projectos financiados pelo Programa de Apoio ao Crédito (PAC), o braço financeiro Prodesi, são do sector da Agricultura, que lidera a lista dos desembolsos desse instrumento institucional de financiamento operacionalizado em Março de 2019, de acordo com informações avançadas, ontem, em Luanda, pelo secretário de Estado para a Economia.

05/05/2021  Última atualização 10H55
Mário Caetano João (sentado, ao cento) quando apresentava os dados mais recentes do Prodesi © Fotografia por: DR
Mário Caetano João, que falava no "briefing” semanal do Ministério da Economia e Planeamento (MEP) com a imprensa, afirmou que, combinados, todos os outros sectores habilitados para o Prodesi  (Comércio e Distribuição, Indústria Transformadora, Pecuária, Aquicultura, Pesca Marítima e Pesca Continental), representaram 411 projectos aprovados.
O sector do Comércio e Distribuição é o segundo maior beneficiário, com um total de 216 (correspondente a 28,1 por cento), seguido pela Indústria Transformadora, 112 (14,6 por cento), Pecuária, 30 (3,9 por cento), bem como Aquicultura e Pesca Marítima, ambos com 24 (3,1 por cento). Nesse período, apenas cinco projectos de Pesca Continental foram aprovados, representando apenas 0,6 por cento do total. O valor dos 767 projectos aprovados ascende aos 533,9 mil milhões de kwanzas, de acordo com o secretário de Estado que afirmou estarem na banca, por aprovar, 103 projectos, 51 ao abrigo do Aviso 10/2020, do BNA, dois de uma Linha de Crédito do Deutsche Bank, 12 do Decreto Presidencial 98/20 e 38 no âmbito do  PAC.Mário Caetano João afirmou que os projectos aprovados representam 52 mil novos postos de trabalho, 9,2 mil criados só de Janeiro a Abril deste ano.  Reconversão da economia 

O valor concedido ao abrigo da Linha de Financiamento de Micro-crédito, concebida para promover a formalização da economia e operacionalizado em Março do ano passado, situa-se em 1,7 mil milhões de kwanzas, apesar de terem-se registado 2.194 pedidos avaliados 5,2 mil milhões de kwanzas. Na última semana de Abril, foram submetidos 27 pedidos de crédito no valor de 55,1 milhões de kwanzas, com 20, avaliados em 29,2 milhões, aprovados a favor de actividades dos ramos de produtos e serviços da Cadeia de Agronegócio (com 17,8 milhões de kwanzas), Logística e Distribuição do Agro-alimentar e da Pesca (10,4 milhões) e do Processamento Alimentar  (um milhão). Os fundos concedidos já permitiram a formalização de 814 micro e pequenas empresas, sendo que, até  final de 2022, a meta prevista no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) é a da formalização de dois mil micro empreendedores. Para este ano, a programação é de 750 de micro empreendedores formalizados, mas, só de Janeiro a Abril, os benefícios incidiram sobre um total de 564 micro-empreendedores. 

  BDA emprestou a mais de meio milhar de projectos

O Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) financiou, até a presente data, um total de 515 projectos afectos ao Prodesi, um programa com mais de15 bancos entre nacionais e internacionais subscritores.    Seguem-se os bancos Angolanos de Investimentos (BAI), com 38, BIC (31), BNI (27), Keve (22), BFA (16), Yetu (15), Caixa Geral de Angola (12), BAI Microfinanças (BMF) , Standard Bank  (SBK), Valor (BVB) e  Económico (BE) (nove cada). Os bancos Atlântico (BMA), de Crédito do Sul (BCS) e de Comércio e Indústria (BCI) aprovaram oito projectos cada um, enquanto o VTB aprovou sete, o Finibanco seis, BPC quatro e os de Investimento Rural, Prestígio, Sol e Comercial do Huambo aceitaram financiar três cada, com Banco da China e Standard Chartered Bank a ficarem por apenas um projecto aprovado.


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