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Agrónomo vaticina dificuldades alimentares na província do Huambo

Justino Victorino / Huambo

Jornalista

A prolongada ausência de chuvas, um pouco por todo o país, terá, este ano, uma influência negativa na cadeia de produção agrícola, prevendo-se um índice acentuado de fome em milhares de famílias angolanas, declarou, sexta-feira, na cidade do Huambo, o director provincial da Agricultura.

09/02/2021  Última atualização 10H30
Estiagem pode acentuar fome no seio de famílias camponesas © Fotografia por: Nicolau Vasco| Edições Novembro
António Camuti observou, durante a primeira sessão ordinária do Governo Provincial do Huambo, que a região do Planalto Central será uma das mais lesadas, em termos de escassez alimentar,  devido ao facto de a maioria da população desenvolver uma agricultura de subsistência, cujo sistema de cultivo, em zonas distantes de rios, depender da época das chuvas.

"Quando não há chuvas, não há plantio”, precisou o responsável. António Camuti indicou, ainda, que a estiagem tem estado a causar enormes dificuldades aos agricultores que dependem da produção para a rentabilidade financeira do negócio, sendo provável que muitos não venham a honrar   os contratos de crédito agrícola e de investimentos, no âmbito do programa do aumento da produção e redução das exportações. 

"O sector da Agricultura no Huambo, para contrapor este quadro difícil,  foi orientado pelo Ministério a produzir um relatório de avaliação das consequências causadas pela estiagem, em que, em determinadas zonas, já provocou a perda da totalidade das culturas de feijão e milho”, explicou  António Camuti. "Há o registo de zonas em que não há nada mais por se fazer, senão esperar por chuvas intensas. Devemos apostar em culturas adaptáveis à situação, como a do milho, feijão, batata-rena, massambala e hortícolas diversas”, pontualizou o também engenheiro agrónomo, acrescentando que os mais de dois meses sem chuvas têm sido penalizadores para as famílias.

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