Sociedade

Alemanha financia 3 milhões de euros para investigação de recursos hídricos

Yola do Carmo

A República da Alemanha disponibilizou três milhões de euros para financiar projectos de investigação científica no domínio da segurança da água em África, denominado WASA, para os próximos quatros anos, abrangendo a gestão sustentáveis dos recursos hídricos, infra-estruturas e tecnologias hídricas e previsões hidrológicas.

20/03/2021  Última atualização 11H09
A Universidade Agostinho Neto investiga água do rio Cuvelai © Fotografia por: DR
A informação foi avançada, ontem, em Luanda, pela decana da Faculdade de Ciências Naturais, da Universidade Agostinho Neto (UAN), na abertura das celebrações do Dia Mundial da Água, a assinalar-se no próximo dia 22.    
De acordo com Suzanete Nunes da Costa, o valor disponibilizado vai permitir os Estados Membros da SADC a  desenvolver estratégias conjuntas para o uso sustentável dos recursos hídricos  subterrâneos  da bacia  do Cuvelai que, neste momento, aguarda pela assinatura do Memorando de Entendimento.

Durante o seminário, realizado sob o tema " Valorização da Água", promovido  pela Faculdade  de Ciências Naturais, em parceria com a Comissão Nacional para UNESCO, a académica informou que três docentes e sete estudantes finalistas da UAN participaram de um treinamento  em  colecta e gestão de dados  de águas subterrâneas  oferecido pela  Comissão do Curso de Água do rio Cuvelai e pela SADC.

A Faculdade de Ciências Naturais da UAN vai, este ano, apresentar e discutir os resultados da investigação científica e troca de experiência sobre a contribuição da ciência na melhoria da gestão integrada dos recursos hídricos.
A académica diz que as evidências científicas sobre recursos hídricos são claras, na medida em que o clima está a mudar e continuará a mudar, afectando as sociedades, principalmente por meio da água.

Suzanete Costa disse ainda que tais mudanças afectarão a disponibilidade, qualidade e quantidade de água necessárias para as necessidades humanas e básicas, ameaçando o gozo efectivo dos direitos humanos à água e ao saneamento para potencialmente biliões de pessoas.  
A UAN, segundo a responsável, tem trabalhado arduamente com intuito de tornar mais robusto o ambiente de investigação científica e extensão no domínio das águas e contribuir para a disseminação dos resultados obtidos.

Em 2019, a UAN direccionou a atenção na formação de recursos humanos  a nível de licenciatura, mestrado e doutoramento, introduzindo, cada vez mais, a abordagem relacionada com os recursos hídricos, olhando, igualmente, para a transversalidade da temática da água e as grandes mudanças globais.  

As Nações Unidas  indicam que uma em cada três pessoas no mundo vive sem ter acesso a água potável e que até 2025 acima de 5, 7 bilhões de pessoas poderão viver  em áreas onde  há escassez de água, pelo menos durante um mês por ano.

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