A questão é que, mesmo a nível mundial, os que querem de verdade - não da boca para fora, nem com nomes em abaixo-assinados com letras bem visíveis, cargos ocupados e títulos, mesmo que falsos - são minoria. Não fosse isso e o planeta que habitamos era quase paraíso. Ora, como ele continua à mercê de interesses de vária índole, que se sobrepõe a tudo e todos, é o que se sabe. 

O mundo abarrota de exemplos de crimes e criminosos contra ambiente sem que vislumbre de imediato o fim. Mas para quê servimo-nos deles, dos maus exemplos dos outros, se os temos em catadupas cá dentro? E como o raio de visão deste "periscópio” é Luanda ficamo-nos por ela, referindo somente alguns, todos eles com culpados, no fundo, de uma maneira ou de outra, todos nós, mas uns mais do que outros, até por haver quem seja pago - e bem - para zelar pelo nosso bem-estar do qual fazem parte o ar que respiramos, o que nos dão terra, mares, rios e lagoas, as sombras das árvores, a higiene pública, nas mais variadas vertentes.
A defesa do ambiente depende de cada cidadão anónimo, mas  principalmente dos outros, dos que estão obrigados a dar exemplos, que escasseiam, o que comprova, uma vez mais, que querer não chega para poder, até porque, não raro, quem aparentemente tem poder para querer...não pode.Luanda, por este andar, pode vir a ser para os vindouros, na hora de consultarem o passado, o modelo de como se pode tornar feio um conjunto de terras que tinha tudo para ser bom para viver. Que lhes fique o ensinamento... se tiverem tempo. É que a defesa e gestão do ambiente têm muito que se lhe diga. Vão além de palavras e intenções.