Cultura

Amor materialista

Hoje é o 14 de Fevereiro, dia muito esperado pelos grandes amores e celebrado em muitos países, o famoso “Valentine’s Day” (Dia de São Valentim) em que o amor é expressado com presentes, jantares e surpresas carinhosas, compartilhadas entre ambos.

14/02/2021  Última atualização 14H50
© Fotografia por: DR
A origem da comemoração mais romântica do ano leva-nos a várias versões de quando? Como? E quem era São Valentim? A mais afamada é a do Santo Valentim que remonta ao século III d.c., na época do imperador romano Cláudio II.
O sacerdote cristão São Valentim tornou se famoso porque celebrava casamentos em segredo de jovens que se amavam e no acto oferecia rosas aos noivos como símbolo de um casamento feliz.

Este acto acontecia contra a ordem do imperador Cláudio II que impedia os jovens de contrairem matrimónio para poder servir o exército. O mesmo acreditava que os jovens sendo solteiros estariam livres e sem responsabilidades familiares, para um melhor desempenho nas batalhas.

Como consequência do seu acto de revelia contra o decreto, o imperador mandou prender e condenor à morte o sacerdote São Valentim. Mesmo na cela, antes de morrer, o padroeiro dos apaixonados enviava e recebia cartas, que deram origem a troca de cartões. O mesmo foi executado no dia 14 de Fevereiro do ano 269, daí o Dia dos Namorados.
Todavia, a Igreja Católica retirou a data de São Valentim do calendário dos santos em 1969, visto que, como já foi dito anteriormente, são várias as versões da história de São Valentim, sendo que poderão ter existido pelo menos três santos de nome Valentim cujas histórias se fundiram ao longo dos anos.

Caso o leitor tenha interesse pelo assunto aconselha-se a pesquisar, pois é algo muito interessante. Mas o que interessa aqui hoje é abordarmos o amor materialista que vivemos nos dias de hoje. Até ao final do século XIX não havia muito luxo na sociedade e as pessoas não consumiam o desnecessário. O consumo exagerado era mal visto, mesmo em ambientes do mais alto nível. Por outro lado, as crenças religiosas contestavam a ostentação e a ganância e primavam por valorizar a vida espiritual.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a tradição da celebração do Dias dos Namorados é para todos os amigos e familiares, que aproveitam a ocasião para a troca de cartões como agradecimento pela presença do outro nas suas vidas. Certamente este é o verdadeiro espírito do amor, sem se querer entrar em uma discussão filosófica ou moral sobre o materialismo e o amor na sociedade.
No entanto, é necessário e urgente reciclarmos o Amor com valores espirituais e de uma forma simples celebrar o romantismo diariamente, de uma maneira económica, original e, acima de tudo, dentro das nossas possibilidades e identidade. 

Não quer dizer que não se  deve celebrar o dia 14. Deve-se sim, estar-se cônscio da verdadeira essência do Amor, que vem simplesmente do querer fazer o outro feliz. Um piscar de olhos; um sorriso; um filme ou uma música antiga; um piquenique no tapete da sala ou na cama… tantas maneiras infinitas de as pessoas, fazerem e sentirem-se felizes.

Não somos adeptas do dia de São Valentim pelo lado materialista e comercial que muitos demonstram, mas pela celebração do amor e da vida. Aí adoramos viver todos os dias amando  e fazendo sempre qualquer coisa para ser e fazer o outro feliz.
Bem haja o Amor! Nosso desejo é que esse dia se repita todos os dias na nossa e na vida de todos, um bem único e precioso! O amor.

*Consultora de carreira e negócios

Tania. J.A Costa*

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