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ANC anuncia suspensão do seu secretário-geral

Envolvido em diversos casos de corrupção e depois de recusar apresentar demissão, como lhe havia sido exigido pelo partido, o secretário-geral do ANC foi agora suspenso até que os seus pendentes com a justiça estejam completamente ultrapassados.

10/05/2021  Última atualização 01H15
Partidários de Magashule queriam que ele pedisse demissão ao invés de ser afastado © Fotografia por: DR
O Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder na África do Sul anunciou ontem a decisão de suspender o seu secretário-geral, Ace Magashule, visado pela justiça em vários casos de fraude e corrupção. Segundo a BBC, a suspensão começou a contar desde o dia 8 deste mês e vigora até à conclusão dos processos judiciais em curso.

De acordo com Jessie Duarte, secretário-geral adjunto e signatário da carta enviada a Magashule, a anunciar a decisão, o partido havia  dado um prazo de 30 dias para que o secretário-geral  se  demitisse do cargo, o que não veio a acontecer.
"Ace Magashule está suspenso até à conclusão dos processos judiciais, uma vez que só pode ser expulso por decisão tomada em congresso do partido. Deste modo, terá mais tempo para preparar melhor a sua defesa”, disse Jessie Duarte.

Actualmente em liberdade sob fiança, Magashule será julgado no próximo mês de Agosto, juntamente  com outros 15 acusados, enfrentando  21 acusações de fraude e corrupção relacionadas com o seu mandato como primeiro-ministro da província de Free State Premier numa licitação de 17,6 milhões de dólares.

Na semana passada, Cyril Ramaphosa admitiu que o partido governante na África do Sul poderia ter feito mais para impedir a corrupção do Estado durante a presidência do seu antecessor, Jacob Zuma. Ramaphosa admitiu que, ao longo dos anos, o ANC se havia tornado ciente da má-fé e do clientelismo dentro do Estado e dentro das suas próprias fileiras.

Durante o seu depoimento perante um painel judicial que investiga alegações de corrupção e fraude sob a presidência de Jacob Zuma, Ramaphosa disse que o suborno "corroeu” os valores constitucionais e "minou o Estado de Direito”, e garantiu que "não mais serão tolerados no  país casos que atentem contra os interesses do Estado, independentemente de quem os praticar”.

  Novo rei dos zulus
O príncipe Misuzulu Zulu, 46 anos, foi indicado sucessor do seu pai, o rei Goodwill Zwelithini, falecido em Março último, anunciou, ontem, a televisão sul-africana, citada pela Efe. Misuzulu foi designado novo rei dos zulus, no testamento da sua mãe, a rainha Shiyiwe Mantfombi Dlamini, falecida  no dia  30 de Abril último , aos 65 anos de idade. Depois de meio século de reinado, Goodwill Zwelithini morreu a 12 de Março último, aos 72 anos, vítima de complicações ligadas a diabetes. 

"Pela presente, indico e nomeio Misuzulu Zulu como meu sucessor ao trono”, afirma o testamento da defunta rainha.
A carta da rainha, legando a monarquia ao seu filho primogénito data de 23 de Março, na véspera da sua nomeação como regente do trono. Desde a morte da rainha, que era a terceira esposa de Goodwill Zwelithini e irmã do rei do eSwatini, Mswati III, várias facções da família real tentaram colocar o seu favorito na corrida ao trono.

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