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Andebol: Guerreiros a caminho do Cairo para jogar Mundial

A Selecção Nacional Sénior Masculina de Andebol “Guerreiros” ruma, no princípio da tarde de terça-feira, para o Egipto, via Dubai, a fim de disputar o 27º Campeonato do Mundo, cuja cerimónia de abertura é, também hoje, abrilhantada pela partida inaugural que opõe a equipa anfitriã ao Chile, no Cairo Stadium Hall.

11/01/2021  Última atualização 20H55
Selecção Nacional vai ao Egipto competir e tentar evitar os últimos lugares do evento © Fotografia por: Edições Novembro
Até ao princípio da noite desta segunda-feira, o seleccionador nacional, José Pereira "Kidó”, condicionado pelo último teste de rastreio à Covid-19, não tinha anunciado os 20 atletas que terça-feira seguem viagem.  

A delegação angolana é chefiada pela vice-presidente da Federação Angolana de Andebol (FAAND), Nair Almeida, mas integra também o presidente José do Amaral Júnior "Maninho”, que vai aproveitar a o palco do Mundial para se "mostrar”, como novo timoneiro da instituição que ocupa o 26º lugar do 'ranking' mundial. 

Angola vai assinalar a quinta presença em Mundiais, e tem como objectivo a melhoria do 23º lugar do último mundial, conseguido entre 24 participantes. Nesta edição, o formato da prova foi alterado e estão inscritas 32 equipas. Inserida no grupo preliminar C, os Guerreiros ficam baseados na cidade de Alexandria e vão ser dos primeiros utilizadores do pavilhão Borg Al Arab, construído para acolher jogos do Mundial. 

Além do conjunto nacional estão no grupo o Qatar, adversário de estreia, Croácia e Japão. Angola defronta no dia 17 a Croácia e fecha a primeira fase diante do Japão. As primeiras três equipas de cada grupo preliminar passam para a outra fase. Os últimos de cada grupo jogam a designada "Presidents Cup”. 

Na segunda fase, as equipas são agrupadas em quatro grupos de seis equipas, dos quais os dois primeiros passam aos quartos de final. Pela África jogam as selecções do Egipto, Angola, RDC, Cabo Verde, Marrocos, Argélia e Tunísia.           
Muachissengue segue caminhos da história
 Quando desembarcar quarta-feira  na cidade do Cairo, Egipto, o guarda-redes Giovani Muachissengue fica a horas de inscrever o nome como um dos poucos africanos sobreviventes do Tunísia'2005, última edição em que a prova foi disputada em solo continental. 

O jogador, que completa 37 anos em Fevereiro, é o que mais vezes jogou pelo país em Campeonatos do Mundo. Estreou-se em Mundiais na primeira participação angolana em 2005, quando a equipa era orientada pelo búlgaro Niculae Pirgov. Esteve nas edições  da Alemanha (2007), com Beto Ferreira; da França (2017), com Alexandre Machado, e em 2019 na Dinamarca, com Filipe Cruz. 

Missaoui Makrem, guarda-redes da selecção tunisina, 40 anos, é o outro sobrevivente da anterior organização africana. O guarda-redes e 'capitão' da selecção nacional leva para o Egipto o estatuto de melhor guarda-redes do continente, feito alcançado no Campeonato Africano das Nações de 2020, na Tunísia. 

Os Guerreiros integram um grupo de jogadores que se iniciaram nos VI jogos da CPLP, disputados no Rio de Janeiro, Brasil, em que, sob batuta de Filipe Cruz, alcançaram a final do torneio. São os casos de Romé Hebo, Edvaldo Ferreira, Cláudio Lopes, Anderson Pestana, Otiniel Pascoal, Manuel Nascimento, Adilson Maneco e Agostinho Lopes. 

Pode-se dizer que José Pereira Kidó leva um grupo experiente, com sete jogadores que vão actuar pela terceira vez num Campeonato do Mundo. Nesta condição estão Edivaldo Ferreira, Adelino Pestana, Romé Hebo, Adilson Maneco, Gabriel Teka, Manuel Nascimento e Adelino Pestana. Ao lado do melhor guarda-redes de África, Romé Hebo, que no Mundial de 2019 apontou 34 golos, é tido, também, como jogador "chave”. 
Sem imprensa nem espectadores 

O Comité Organizador (LOC) do Mundial decidiu que a competição deve decorrer sem qualquer imprensa, local ou internacional, nas quadras de jogo. A cobertura vai ser garantida pela  Comissão de Comunicação do LOC. Uma reunião da Federação Internacional (IHF) decidiu, no domingo, anular a intenção de permitir a assistência aos jogos a, pelo menos, 20 por cento de espectadores durante o Mundial, devido aos novos desenvolvimentos da pandemia da Covid-19.

Na sequência, com o objectivo de proteger os participantes e a cobertura do evento, o LOC garante que os dados da prova vão estar disponíveis no site oficial e nas plataformas de media social que vão actualizar  todas as actividades relacionadas ao torneio para os jornalistas. Realçar que o LOC já tinha, inclusive, ingressos vendidos.

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