Política

Angola defende reforço da segurança marítima

Hélder Jeremias

Jornalista

O director-geral dos Serviços de Inteligência Externa de Angola, José Luís Caetano Higino de Sousa “Zé Grande”, apontou o alargamento do âmbito da cooperação entre os nove Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a protecção das respectivas zonas marítimas especiais e a colaboração com outras organizações regionais como algumas das principais premissas para acabar com a insegurança crescente no Atlântico Sul e Golfo da Guiné.

22/03/2021  Última atualização 09H00
© Fotografia por: DR
Ao dissertar na oitava conferência virtual da plataforma Global Strategic Platform, com o tema "A Cooperação de Defesa na CPLP: Principais Desafios e Oportunidades no Atlântico Sul”, o responsável recordou que na base da criação da organização, em 1996, estavam objectivos de médio e longo prazos. Passadas vá-rias etapas desde a criação do Centro de Estudos Estratégicos, em 1998, a realização de Exercícios Felinos entre as forças dos Estados-membros, disse, é chegada a altura de accionar os mecanismos que confiram a estabilidade necessária para se obter os benefícios económicos que o oceano pode proporcionar.

José Luís Caetano Higino de Sousa "Zé Grande” fez um balanço positivo sobre o desempenho da organização nas diversas áreas, sobretudo na cooperação académica, segurança alimentar  e energética.

Sublinhou, ainda, como aspecto positivo o entendimento de que "os oceanos representam a base fundamental da cooperação estratégica”, motivo pelo qual defendeu maior interligação com a sociedade civil e a criação de uma força de acção humanitária capaz de estancar os principais problemas que afligem os países ribeirinhos.

O terrorismo, acrescentou, é o principal inimigo a combater nos dias de hoje (além da Covid-19), mas não se pode descurar outros males como o tráfico de drogas, sequestros, pirataria e outras acções que tornam o oceano vulnerável.

Referiu que  o Brasil e Portugal, pelo papel das respectivas Forças Armadas em missões internacionais, podem ajudar na operacionalização da defesa colectiva, em busca da segurança para o transporte de mercadorias, através de atitudes e orientações de estratégias com base na cyberdefesa, policiamento aéreo e controlo das linhas de comunicação.

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