Política

Angola e China elegem novas área de cooperação

Gabriel Bunga

Jornalista

A Agricultura e as Pescas deverão ser as novas áreas da cooperação entre Angola e a China. Os Ministério das Relações Exteriores e da Agricultura e Pescas realizaram, esta quinta-feira, em Luanda, um Fórum de Negócios que serviu para apresentar aos empresários chineses as oportunidades do país para o investimento naquelas áreas.

28/01/2021  Última atualização 20H20
Secretária de Estado para as Relações Exteriores destacou as relações entre os dois países © Fotografia por: Vigas da Purificação| Edições de Novembro
A secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, sublinhou que as relações entre os dois países estão, cada vez mais, estreitas e com resultados visíveis em vários domínios. 
Ao discursar na sessão de abertura do Fórum de Negócios Angola-China, no domínio da Agricultura e Pescas, em representação do ministro Téte António, Esmeralda Mendonça esclareceu que o encontro teve como objectivo dar a conhecer aos empresários chineses as potencialidades agrícolas do nosso país, bem como apresentar os projectos do Executivo para o incremento da produção nacional.

"Desde o estabelecimento do Fórum de Cooperação China-África, em Outubro de 2000, as relações de cooperação sino-africanas têm testemunhado ganhos significativos em todos os domínios, com particular realce nas áreas político-diplomático, económico e cultural”, realçou.

Ao sustentar a aposta do Executivo nas novas áreas de cooperação, Esmeralda Mendonça lembrou que a China é, hoje, a maior economia do continente asiático e, consequentemente, a segunda maior no mundo e que as suas potencialidades industriais, agrícolas e tecnológicas, adicionadas à capacidade dos recursos humanos, fazem daquele país um dos maiores parceiros estratégicos do continente africano.

"O Governo da República Popular da China tem sabido responder satisfatoriamente aos anseios dos governos dos países africanos, em troca de uma cooperação mutuamente vantajosa, cujos efeitos têm vindo a reflectir-se no seio das suas populações. No nosso caso em particular, esta relação está alicerçada na parceria estratégica estabelecida, através da assinatura dos diversos instrumentos assinados”, disse.

Angola, admitiu, ainda precisa de assistência técnica para poder elaborar projectos sustentáveis, por forma a candidatar-se aos financiamentos, quer do Governo, quer dos potenciais investidores chineses interessados no processo de desenvolvimento do país.

O embaixador da China em Angola, Gong Tao, considerou positivo o fórum de negócios, que, além de angolanos, contou com a presença de empresários chineses que trabalham nos sectores da Agricultura e das Pescas. "Tivemos uma grande presença de empresários que vieram de diferentes províncias e associações da China”, disse o diplomata, sublinhando que houve, também, a participação de instituições financeiras chinesas que trabalham na área de importação e exportação de produtos alimentares.

Ao elogiar o nível de organização do encontro, Gong Tao reconheceu que o mesmo constituiu, para os chineses, uma grande oportunidade para conhecer a realidade angolana, bem como as vantagens e perspectivas do desenvolvimento das cooperativas nas áreas da agricultura e pescas.

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