Téte António, que discursava na cerimónia alusiva ao 72º aniversário do Dia da República da Índia, assinalado terça-feira, na residência oficial da embaixadora em Angola daquele país asiático, Pratibha Parkar, saudou a candidatura da Índia a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o período 2021-2022.

Salientou que o Executivo angolano conta com o apoio do Governo da República da Índia na defesa dos interesses do continente negro. "Contamos com a Índia na defesa dos interesses africanos porque África não tem um membro permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas", afirmou o chefe da diplomacia angolana, ao mencionar a contribuição do Governo angolano na procura de paz na região dos Grandes Lagos, onde em tais desafios disse contar também com o apoio do Governo indiano.

O chefe da diplomacia angolana congratulou-se com a ida de estudantes angolanos à Índia, e salientou que no "grande desafio" para a aquisição da vacina contra a Covid-19 Angola conta com o apoio do Governo indiano. 

O ministro das Relações Exteriores convidou empresários indianos a investirem em vários sectores da economia angolana, e agradeceu, também, a comunidade empresarial indiana estabelecida no país, pelo muito que têm feito para a criação de empregos para os angolanos, gesto que tem contribuído para o desenvolvimento da economia.

Cooperação dinâmica

A embaixadora da Índia em Angola, Pratibha Parkar, confirmou terça-feira que o actual "momento dinâmico" das relações bilaterais levou a um aumento da cooperação nos sectores da defesa, saúde, comércio e mineração.

 "O nosso comércio bilateral tem registado um "aumento perceptível" nos últimos três anos em relação aos anos anteriores e atingiu cerca de 4,0 a 4,5 biliões de dólares", afirmou a diplomata, acrescentando que as importações da Índia, sobretudo de petróleo bruto angolano atingiram de 2019 a 2020,  3,7 biliões de dólares, enquanto as exportações para  Angola no mesmo período cifraram-se em 0,3 biliões de dólares.
 Angola é o segundo maior fornecedor africano de petróleo à Índia, enquanto o país asiático é o terceiro parceiro comercial de Angola, partilhando cerca de 10 por cento do comércio externo angolano, dada a compra de petróleo bruto a granel, explicou Pratibha Parkar.