Numa nota, o diplomata realçou o "apoio incondicional” prestado pela Zâmbia e seu povo nos momentos mais difíceis da História de Angola. "Guiados pela visão pan-africanista do Presidente Kaunda, os angolanos tiveram na Zâmbia a sua segunda casa, durante a luta anti-colonial e, mais tarde, na busca pela paz interna”, lembra.

Azevedo Francisco disse, ainda, que Angola e seu povo são eternamente gratos e, neste momento, exaltam o nome do Presidente Kenneth Kaunda, como precursor da unidade e progresso de África. "Angola e seu povo fazem votos de longa vida, saúde e bem estar ao Pai da Nação zambiana”, conclui o embaixador.


Registo de angolanos  
O Governo angolano lançou, na Zâmbia, o Programa de Identificação e Registo de cidadãos nacionais que tenham participado na luta pela liberdade e conquista da paz. Com este propósito, do dia 10 a 22 deste mês, esteve de visita ao país vizinho o secretário de Estado para os Veteranos da Pátria, Domingos André Tchikanha.

De acordo com uma nota do Ministério da Defesa Na-cional e Veteranos da Pátria chegada, ontem, à Redacção deste jornal, durante 12 dias, o governante angolano deslocou-se às localidades de Solwezi, aos distritos de Ndola, Kitwe e Ibenga, na província de Copperbelt, Mongu e Livingstone.
Em todos os destinos, Domingos Tchikanha reuniu com a franja da comunidade ligada aos antigos combatentes, tendo transmitido a preocupação do Estado angolano de dar a este segmento da sociedade a devida atenção e compensação pelo contributo prestado à causa da liberdade.

Para o efeito, explicou Tchikanha,  o Estado aprovou a Lei 13/02, de 15 de Outubro, instrumento legal que regula a acção dos poderes públicos, com relação ao antigo combatente, deficientes de guerra, viúvas e órfãos, além de estabelecer as regras de obtenção do Estatuto e os benefícios morais e materiais, concedidos pelo Estado.

O secretário de Estado sublinhou que os presos políticos, viúvas e órfãos devem dirigir um requerimento à Embaixada, relatando a sua biografia, além de indicar duas testemunhas.
A Zâmbia alberga a segunda maior concentração de angolanos na diáspora, estimada em 100 mil compatriotas e seus descendentes. A migração de angolanos para a Zâmbia data do início do século passado, aquando da construção dos Caminhos de Ferro de Benguela.