Sociedade

Angola prevê vacinar 53 por cento da população

Edivaldo Cristóvão

Jornalista

Angola prevê vacinar 53 por cento da população contra a Covid-19, num total de 16, 4 milhões de pessoas, em duas fases, anunciou , em Luanda, a ministra da Saúde.

25/02/2021  Última atualização 12H56
Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta. © Fotografia por: Kindala Manuel| Edições Novembro
Segundo a Angop, que cita a entrevista que Sílvia Lutucuta concedeu, na última terça-feira, à Televisão Pública de Angola (TPA), na primeira fase serão vacinadas 6,4 milhões de habitantes e na segunda dez milhões.
A previsão do Governo angolano é receber, em duas fases, cerca de 15 milhões de doses da vacina contra a Covid-19.
A governante adiantou que o plano está em execução desde Julho de 2020, sendo que a prioridade recai para os profissionais de saúde, polícias e profissionais com grande grau de exposição. Sílvia Lutucuta informou terem sido definidos três critérios para a vacinação: pessoas maiores de 60 anos, com comorbilidades e pessoas em maior exposição.

32 mil milhões de kwanzas no combate à pandemia

De acordo com a Angop, na entrevista à TPA, a ministra da Saúde avançou que o Governo disponibilizou 32 mil milhões de kwanzas para o combate à Covid-19. A governante referiu que este valor foi usado para a logística, formação e infra-estruturas, para a prestação de um serviço de qualidade.
Lutucuta acrescentou que Angola obteve, igualmente, apoio das agências das Nações Unidas, avaliado em 6,2 milhões de dólares em reagentes e material de biossegurança.
A ministra da Saúde adiantou que, um ano após o primeiro caso de Covid-19 no país, os angolanos devem sentir-se orgulhos e felizes pelas medidas tomadas, entre as quais a institucionalização das quarentenas, realçando, no entanto, que não se deve baixar a guarda, principalmente devido às novas variantes da pandemia.

Apesar de lamentar as consequências nefastas da Covid-19, Sílvia Lutucuta destacou que a pandemia ajudou a dar maior atenção à terapia intensiva e à saúde pública, que engloba os Serviços Primários de Saúde.
A ministra apontou como ganhos a aquisição de mais ventiladores e camas para terapia intensiva, tendo em conta que antes da pandemia o país contava apenas com 190 aparelhos do género.

Taxa de recuperação

A ministra Sílvia Lutucuta considerou "satisfatório” o elevado número de recuperações no país, mas apelou ao redobrar das medidas de prevenção individual e colectiva. Reconheceu que as novas variantes da Covid-19 têm sido "um grande desafio a nível mundial”, pelo que alertou para a necessidade do reforço da  sensibilização sobre as medidas de prevenção da pandemia para a redução da sua disseminação.
"Temos uma boa taxa de recuperação. Infelizmente, temos alguns óbitos, muito a ver com a idade dos infectados e a chegada tardia à unidade sanitária (….)”, lamentou a governante.

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