Economia

Angolanos interessados em obra transfronteiriça

A recuperação da ligação rodoviária entre Angola e a Zâmbia levou, àquele país, a um grupo de empresários angolanos ligados ao consórcio MPCV, com o objectivo de estudar com as autoridades locais a participação nas obras de reabilitação do troço que liga as regiões fronteiriças do Jimbe e Cazombo, num e noutro lado da fronteira.

19/03/2021  Última atualização 08H00
© Fotografia por: DR
Com uma extensão de cerca de 250 quilómetros, o perímetro é parte do corredor rodoviário que liga os dois países. No entanto, o elevado estado de degradação impossibilita a utilização na conexão entre as duas fronteiras, fazendo com que, em alternativa, os automobilistas se socorram do território namibiano, cruzando a Faixa de Caprivi nas viagens por terra entre Angola e Zâmbia.
Jorge Pinheiro, responsável do grupo, considera estarem criadas as condições técnicas e humanas para que, havendo acordo entre as autoridades angolanas e zambianas, o consórcio possa dar início aos estudos técnicos anteriores ao arranque das obras.

O empresário disse ser bastante prematuro avançar custos para a empreitada, mas assegurou que "o interesse estratégico da obra é um elemento catalisador para que outras vontades sejam mobilizadas em prol do interesse maior”, que é a reposição do traçado, factor crucial para o aumento do intercâmbio económico e cultural entre os dois países.

Os cinco empresários angolanos que integraram a missão, representando as diversas subsidiárias   do grupo, estiveram na  representação diplomática de Angola na Zâmbia, onde ouviram do embaixador, Azevedo Francisco, a promessa de apoio institucional das autoridades angolanas, a julgar pelo interesse de ambos os Estados na materialização da obra.

A audiência foi assistida pelo embaixador da Zâmbia em Angola, Lawrence Changuamana, que considerou que Angola e Zâmbia caminham para a materialização prática dos acordos bilaterais assinados em vários domínios, sendo o papel dos empresários crucial para a real efectivação dos referidos entendimentos.

Na Zâmbia, o grupo MPCV tem agendado audiências com altos dignitários do Estado zambiano.
Angola e a Zâmbia partilham uma fronteira comum de mais de mil quilómetros e, a inexistência de ligações rodoviárias, ferroviárias e fluviais constituem o principal obstáculo ao incremento das trocas comerciais. Na Zâmbia vive a segunda maior comunidade de angolanos na diáspora, uma população estimada em perto de 100 mil.

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