Economia

ANIESA encerra fábricas de bebidas

A Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA) suspendeu, ontem, em Luanda, as actividades industriais das fábricas de bebidas espirituosas United Global, Coastline - Comércio e Indústria e a empresa Faive, por inobservância das normas internacionais e até por falta de condições de higiene, revelou ao Jornal de Angola a inspectora daqueles serviços, Patrícia Silva.

02/04/2021  Última atualização 07H35
© Fotografia por: DR
A operarem no município de Viana, as três fábricas produzem as marcas de Gyn Score, Stag e Siga, bem como dos whiskys Black Jack e The Best, comercializadas em pacotes de plásticos de 50 mililitros.

A suspensão das actividades industriais destas três fábricas pode prolongar-se por dois meses e foi determinada por não cumprirem as normas internacionais de produção, prevendo-se que, ao longo desse tempo, melhorem as condições de trabalho ou mesmo corrijam as irregularidades detectadas, declarou a fonte.

Patrícia Silva disse que, entre as irregularidades detectadas, figura a falta de certificação dos laboratórios, além de que alguns não funcionam há mais de seis meses ou carecem de melhor estruturação e de equipamentos modernos ou não têm técnicos habilitados para o exercício da actividade

O Jornal de Angola apurou que os trabalhadores não serão despedidos na sequência da suspensão. "Tudo será feito para salvaguardar os postos de trabalho. Tão logo, sejam resolvidas as irregularidades, os trabalhadores vão retomar os seus postos de trabalho”, disse uma fonte depois de contactada pela nossa reportagem, acrescentando que "a medida visa, somente, a salvaguarda da saúde dos consumidores utentes dessas bebidas”.


Graves irregularidades
A inspectora Patrícia Silva indicou que as irregularidades mais graves foram detectadas na fábrica United Global, de capital indiano, onde 35 jovens angolanos trabalham sem contrato de trabalho e cartão de sanidade, bem como não utilizam meios de protecção individual. Alguns produtos inflamáveis estão expostos a céu aberto por falta de um armazém devidamente estruturado.

Com mais de nove meses no mercado nacional, a fábrica produz cerca de 10 mil pacotes de bebidas e comercializa quase cinco mil por dia, utilizando apenas a licença de instalação, que é provisória.

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