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Árbitros querem criar Comissão de Gestão

O presidente da Mesa da Assembleia-Geral cessante da Associação de Árbitros de Futebol de Angola (AAFA), Belmiro Carmelino, voltou a convocar para o dia 23 do corrente, às 12h00, na sede social da Associação Provincial de Luanda, a reunião magna extraordinária “com o objectivo de discutir o processo eleitoral e eleger a Comissão de Gestão”

13/01/2021  Última atualização 15H29
Antigo árbitro internacional pretende reunir associados para eleger dirigentes provisórios © Fotografia por: DR
A primeira vez ocorreu a 22 de Agosto de 2020.O anúncio da nova situação resulta do pedido de demissão dos membros da Comissão Eleitoral, liderada por Dário Gaspar e integrada por Evaristo Salas (secretário) e Paulino Francisco (escrutinador), que tinham a missão de coordenar as eleições de 3 de Outubro de 2020 .

Em declarações ao Jornal de Angola, Belmiro Carmelino justificou que o próximo conclave visa eleger a Comissão de Gestão "para gerir os assuntos administrativos. Uma vez empossada para o cargo, essa direcção deve inserir novos sócios em todo o país”, disse.
Carmelino justifica que "a convocação da Assembleia-Geral Extraordinária obedece ao artigo 14 dos Estatutos da instituição para a normalização da situação”.

Os prazos de renovação de mandatos expiraram no ano passado, e espreita-se a criação da segunda equipa gestora da AAFA. A 28 de Dezembro de 2020, 105 árbitros reuniram-se em Assembleia-Geral e votaram a favor da eleição da Comissão de Gestão, liderada por Venâncio de Matos, segundo membro da classe.

A mesma fonte assegurou que "o grupo eleito já faz demarches junto das instituições de direito para ser reconhecido como legítimo representante dos árbitros de futebol”. A postura dos "membros discordantes” da direcção anterior resulta das queixas apresentadas pela Comissão Eleitoral.

Fontes contactadas asseguram que os árbitros decidiram aceitar o pedido de demissão da Comissão Eleitoral, liderada por Dário Gaspar, em função das "constantes interferências do presidente da Mesa da Assembleia- Geral cessante” no processo.
"O coordenador queixou-se dos incómodos e apresentou o pedido de demissão”, disse.

"Para aferir a verdade, os árbitros puseram fim ao mandato da Comissão Eleitoral e decidiram eleger a Comissão de Gestão. Em causa está o bom nome e a reputação da instituição”, disse um dos homens do apito, que pediu anonimato.

Belmiro Carmelino assegurou que "o conclave realizado a 28 de Dezembro de 2020 não tem legitimidade por violar os Estatutos da Associação”. Justifica que "só o presidente da Mesa da Assembleia-Geral pode convocar a reunião magna”.  
Um outro árbitro asseverou que "aquele evento não reuniu um terço dos associados, conforme estipula o documento, para dar validade às decisões; por isso, não merece legitimidade”.

"Assim, sendo, vamos voltar a reunir para discutir e aprovar as propostas definidas na convocatória. Só os árbitros que tenham pago as quotas em atraso, no mínimo de um ano, vão estar habilitados a participar. Há mais de dois anos que os membros não honram o compromisso com a quotização”, revelou.
A AAFA congrega mais de 1200 associados. Na  corrida à presidência da instituição estavam Francisco Lemos e Orlando Pimenta.

Francisco Carvalho

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