Opinião

As bibliotecas, os jovens e os quadros

Tem se assistido a um grande interesse por parte de muitos jovens angolanos pela leitura, os quais tomam a iniciativa de criar bibliotecas em diferentes municípios.

24/05/2021  Última atualização 09H26
Trata-se de bibliotecas criadas em variados locais e com livros que são doados por pessoas dispostas a ajudar a juventude a ter acesso ao conhecimento.
 A criação de bibliotecas em municípios por parte de jovens, em locais por vezes inapropriados, devia ser objecto de análise das autoridades ligadas à educação e à cultura, para se conhecer esse fenómeno e para se potenciarem projectos que promovem a leitura de livros de variada natureza.
 Sabe-se que os livros são caros no pais, havendo cidadãos a propor o desagravamento de impostos que recaem sobre literatura diversa, a fim de que os estudantes de todos os níveis de ensino possam ter acesso a obras de autores de diferentes partes do mundo.
 Um dos grandes problemas no nosso país é a incapacidade financeira de estudantes de comprarem livros, o que se reflecte negativamente no seu aproveitamento.
A má qualidade de muitos dos nossos quadros tem também a ver com a impossibilidade de os estudantes, quando fazem os cursos, não poderem ter acesso a livros, para poderem adquirir conhecimentos que lhes permitam exercer com elevada competência a sua profissão.
A criação de bibliotecas nos diferentes municípios, por iniciativa de jovens, pode ser uma solução para o problema do acesso a livros, que são ainda caros nas nossas poucas livrarias.
É entretanto necessário que seja o Estado a financiar, em primeira linha, a criação de bibliotecas, podendo estabelecer parcerias com organizações ou pessoas singulares altruístas que estejam dispostas a contribuir para que os angolanos possam dispor de livros sem elevado custos.
O Estado tem responsabilidades no que concerne à promoção da educação e da cultura dos cidadãos e tem de estar na linha da frente da prossecução de acções que visem dotar os quadros de elevadas competências e habilidades, no processo de desenvolvimento do país.
É ainda válida aquela célebre frase, segundo a qual um país se faz com homens e livros. Vale a pena gastar dinheiro com a promoção de educação de qualidade dos cidadãos.
A educação é geradora de desenvolvimento. São vários e bons os exemplos de Estados que, depois de alocarem à educação verbas orçamentais significativas, conseguiram proporcionar elevada qualidade de vida aos seus cidadãos.

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