Política

Ataques cibernéticos são uma realidade no país

Kátia Ramos

Jornalista

Em Angola várias empresas, como a Rádio Nacional de Angola (RNA), Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM) e a Sonangol, já sofreram ataques cibernéticos, o que demonstra que todos estão expostos ao risco, alertou ontem, em Luanda, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.

17/04/2021  Última atualização 15H22
Ministro alerta para o risco dos ataques cibernéticos © Fotografia por: José Cola | Edições Novembro
Ao proceder, no Centro de Imprensa Aníbal de Melo, ao lançamento de um programa de sensibilização sobre ataques cibernéticos, para a segurança e protecção de dados,   Manuel Homem lembrou que "os crimes cibernéticos são um tema actual e  preocupa a sociedade”, numa altura em que a utilização das tecnologias de informação vem crescendo devido à pandemia da Covid-19, que impulsionou a sua utilização a nível mundial.

Angola, referiu,  não está além do crescimento exponencial da utilização dos sistemas informáticos. Tendo em conta a segurança de informação que se impõe na Comunicação Social, sublinhou, o sector começou a implementar um quadro de sensibilização para maior protecção das redes e dos sistemas de dados nas infra-estruturas tecnológicas.

Manuel Homem anunciou que o país tem mais de seis milhões de utilizadores de Internet. Com a utilização crescente da tecnologia,  referiu, impõe-se que todos percebam os cuidados fundamentais a ter com  as novas tecnologias, quer pelo utilizador individual, quer pelas organizações que expõem os serviços na rede global de computadores.

Ana Julante, consultora de segurança cibernética, disse que 70 por cento da população não está preparada para fazer face a um ataque cibernético,  43 por cento de pequenas empresas já os sofreram, 95 por cento foram vítimas de incidentes cibernéticos causados por erro humano e 77 por cento das empresas não têm plano de resposta para estes incidentes.

De acordo com a consultora, os ataques aumentaram com o surgimento da pandemia da Covid-19. Várias organizações receberam a "visita” de software malicioso, desenvolvido com a intenção de comprometer a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados do sistema ou dispositivo dos invadidos.  "Até empresas com melhores infra-estruturas de segurança foram alvo dos maiores ataques cibernéticos no mundo”, referiu.

Ana Julante frisou que os ataques cibernéticos mais comuns consistem em tentativas de obter e usar informações do sistema.
Acrescentou que 95 por cento da engenharia social usa algumas formas de ataques cibernéticos com mensagens não solicitadas (spam), ficheiros de anexo suspeitos, endereço de e-mail inválido ou alterado, destinatário e assinaturas não definidas, título de e-mail suspeito ou vago, mensagens que criam sentido de urgência ou ameaça de identificar a autenticidade de um determinado utilizadores ou sistema, sem a autorização específica de privilégios ou direitos de acesso.
A consultora aconselha um único utente a usar a palavra-passe ou Pin em múltiplos utilizadores.

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