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Atentado contra ministro tem abertura de inquérito

O Presidente do Conselho Presidencial líbio, Fayez al-Sarraj, pediu, ontem, ao procurador-geral interino a abertura de um inquérito sobre o incidente de domingo contra o cortejo do ministro do Interior, Fathi Bachagha.

24/02/2021  Última atualização 12H12
Ministro do Interior, Fathi Bachagha © Fotografia por: DR
"Esperamos que designará um dos membros do Ministério Público para investigar sobre o incidente, tomar todas as medidas jurídicas contra aqueles implicados num acto que constitui um crime e informar-nos sobre os resultados do inquérito”, instruiu  al-Sarraj, numa correspondência a que a Efe teve acesso.
Por seu turno, o ministro da Defesa, Salaheddine al-Nemrouch, decidiu com o ministro da Justiça encarregar o procurador-em-chefe do Norte de Tripoli de investigar sobre o incidente dos tiroteios contra a caravana do ministro do Interior, Fathi Bachagha, na região de Janzour.

Os dois governantes anunciaram o desdobramento de uma força do distrito militar de Tripoli para impor a segurança e impedir qualquer atentado. Segundo o Ministério do Interior, a caravana do ministro Fathi Bachagha  foi alvo de disparos na estrada para Janzour, no Oeste do Tripoli, no  caminho de regresso à sua residência.
Mas o Órgão de Apoio à Estabilidade, uma unidade de segurança do Governo, implicada no incidente, indicou, por sua vez, que  foi resultado de uma falta de coordenação, apontando o dedo acusador ao comportamento dos guardas que acompanharam o ministro do Interior.

O poderoso ministro do Interior da Líbia, Fathi Bachagha, escapou da tentativa de assassinato numa Rotunda perto de Tripoli, o que despertou temores de uma escalada da violência num país devastado por lutas de influência e milícias.
Bachagha faz parte do Governo de Unidade Nacional (GNA) de Fayez al Sarraj, em fim de mandato, com sede em Tripoli, reconhecido pelas ONU, foi nomeado para o cargo em 2018.

O político de 58 anos lutou bravamente pelo posto de Primeiro-Ministro interino, que ficou a cargo de Abdel Hamid Dbeibah no início deste mês, como parte de um processo patrocinado pela ONU.
Além do combate à corrupção, ele promoveu uma campanha para diminuir a influência das milícias, que continuam a resistir à autoridade do Estado, oferecendo cargos a milicianos que aceitem ingressar nas forças de segurança.
Peso-pesado da política local, Fathi Bachagha voltava de uma visita de rotina à sede de uma nova unidade de segurança subordinada ao Ministério.

O embaixador dos Estados Unidos, Richard Norland, expressou a sua "indignação" e destacou, durante uma conversa telefónica com o ministro líbio, o "total apoio" do seu país aos esforços de Bachagha para "acabar com a influência das milícias", explicou a legação diplomática em nota.


  NÍGER
Bazoum vence eleições presidenciais


Mohamed Bazoum, candidato às eleições presidenciais no Níger, foi, ontem, oficialmente dado como vencedor, segundo os resultados provisórios da Comissão Eleitoral, revelou a AFP. Ele obteve 55,75 por cento dos votos contra os 44,25 do candidato da oposição Mahamane Ousmane. Estes "resultados são provisórios e devem ser submetidos à análise do Tribunal Constitucional", disse Issaka Souna, presidente do CENI, perante o corpo diplomático e as autoridades nigerianas, no Palais des Congrès na capital, Niamey.

Ainda ontem, a oposição que apoia Ouamane, anunciou que iria tentar anular estes resultados, argumentando que se tratam de fraudulentos. Mais de 7,4 milhões de eleitores foram às urnas no segundo turno, depois que cada candidato não conseguiu obter os votos necessários para garantir a vitória.

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