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Aumenta a fome na América Central

O nível de insegurança alimentar está a aumentar fortemente na América Central, onde quatro países confrontam-se com crises económicas motivadas pela pandemia e catástrofes climáticas, advertiu, ontem, a ONU.

24/02/2021  Última atualização 12H54
Secas e alterações climáticas perturbam a produção alimentar © Fotografia por: DR
Segundo o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas, o número de pessoas em situação de insegurança alimentar, que em 2018 era de cerca de 2,2 mi-lhões em El Salvador, Honduras, Guatemala e Nicarágua, quase quadruplicou para atingir oito milhões. Entre esses oito milhões, 1,7 milhões de pessoas necessitam de ajuda alimentar de urgência, precisou o PAM em comunicado, no qual também, apela a um maior envolvimento dos doadores.

A agência das Nações Unidas sublinhou que a região, onde vários anos de seca e de alterações climáticas perturbaram a produção alimentar, sofreu particularmente os efeitos dos furações de 2020, que destruíram colheitas vitais.
"Os furacões Eta e Iota, que atingiram a América Central em Novembro de 2020, afectaram a vida de 6,8 milhões de pessoas que perderam as suas habitações e o seu ganha-pão”, sublinha a organização internacional.

"Atendendo ao nível de destruição e aos problemas com que se confrontam as pessoas afectadas, calculamos que a recuperação seja longa e lenta”, considerou Miguel Barreto, chefe do PAM para a América Latina e Caraíbas.
Antes da chegada dos furacões, a pandemia tinha já atingido fortemente a população dos quatro países, onde um elevado número de núcleos familiares registou quebra de rendimento ou perda de emprego.

Segundo os inquéritos do PAM, o número de famílias na Guatemala que afirmam não possuir o suficiente para comer duplicou em relação ao período anterior à pandemia, e o número aumentou mais de 50 por cento nas Honduras.

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