Desporto

Australiana Liz Mills faz história em África

Armindo Pereira

Jornalista

Liz Mills tornou-se na primeira mulher a treinar a selecção sénior masculina de basquetebol do Quénia. O sonho cultivado em Sidney concretizou-se em Yaoundé, Camarões, onde liderou os quenianos na segunda janela FIBA qualificativa ao Afrobasket'2021 a decorrer em Kigali, Rwanda.

22/02/2021  Última atualização 12H26
Liz Mills, treinadora faz curriculum © Fotografia por: DR
"Estou grata à Federação do Quénia por me confiar a campanha para uma qualificação ao Afrobasket”, disse.
A nativa de Sidney mal imaginou que seria uma das precursoras das treinadoras no comando das equipas masculinas, especialmente, porque a paixão pelo desporto só veio durante a adolescência.

"A minha irmã gémea e eu crescemos a praticar muitos desportos na Austrália. Começámos no basquetebol, quando tínhamos 15 anos. Assistíamos a classe feminina desde os 11 e havia algumas treinadoras excepcionais nesse nível”, revelou Mills.
A busca da australiana por mais mulheres nas melhores posições de treinador ganha forma a 13.500 quilómetros de distância da casa. A estreia da responsável pelo Morans (designação da equipa do Quénia)na segunda jornada das qualificativas ao Afrobaket'2021 entrou para a história da FIBA e foi coroada de vitória diante da selecção de Angola.

"Estou no continente há quase uma década e servi como treinadora principal de clubes em várias ocasiões. Fui treinadora adjunta de algumas selecções e de clubes de topo. É uma experiência verdadeiramente fantástica voltar a ser treinadora principal”, disse.
A australiana ressaltou a emoção que lhe vai na alma: "As minhas experiências como treinadora adjunta têm sido incríveis e aproveito-as para lidar bem com esta posição e produzir os resultados esperados”, descreveu.

Em 2017, Brigitte Affidehome Tonon marcou o seu nome nos anais da história ao ser a primeira mulher a liderar uma selecção masculina em África ao conduzir o Benin nas eliminatórias regionais do Afrobasket daquele ano. Enquanto Tonon ditava o ritmo dos beninenses, Mills aprimorava a arte com a equipa masculina da Zâmbia, onde era a segunda do comando.
"Nós construímos um no outro. Tenho um grande respeito por Tonon. Lembro-me de que estava com a Zâmbia, quando ela assumiu o comando do Benin. Pensei comigo mesmo que isso era óptimo. Esperançosamente, podemos ter outra mulher a dirigir uma equipa masculina no Afrobasket ou Campeonato do Mundo (FIBA)”, disse.

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