Política

Autores devem ser responsabilizados

Edna Dala

Jornalista

Os presidentes dos grupos parlamentares da oposição, com excepção da FNLA, exigiram, ontem, a responsabilização criminal dos autores daquilo que consideram “o massacre de Cafunfo”.

10/02/2021  Última atualização 09H08
Partidos apresentaram ontem uma posição conjunta © Fotografia por: José Cola | Edições Novembro
A posição conjunta foi manifestada durante uma conferência de imprensa dos grupos parlamentares da UNITA, CASA-CE e PRS.
O presidente do Grupo Parlamentar da UNITA disse que "Angola está de luto fruto dos últimos acontecimentos em Cafunfo”.
Liberty Chiyaca sublinhou que "quando o Governo não tem condições políticas para realizar os seus compromissos, a atitude de elevação política e moral que se exige é a  auto-demissão”.

Numa mensagem dirigida ao Governo, Chiyaca disse que "colocar os nossos lugares à disposição é também um acto de patriotismo”.
O deputado defendeu a realização de manifestações e exortou as pessoas manifestarem-se, "mas sem armas” ou qualquer coisa que seja contrária à Constituição e à  lei. "Vão existir sempre manifestações.

Queremos acreditar que as manifestações são directamente proporcionais à incapacidade do Governo  de realizar obra social útil para as comunidades”, disse, acrescentando que "quando o Governo satisfazer as necessidades da população, as reivindicações vão diminuir”.
Liberty Chiyaca recordou ainda que "exigir que o Governo crie condições sociais e económicas para as pessoas não é um favor, mas sim um direito que assiste a todos os cidadãos angolanos”.

Quanto aos pronunciamentos do ministro do Interior, Eugénio Laborinho, e do comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Paulo de Almeida, o deputado disse que "prefiro acreditar que, numa primeira instância, as duas entidades foram enganadas”.
Alexandre Sebastião André, da CASA-CE, defendeu que os "autores desses crimes devem ser responsabilizados”, para que não sejam conotados com a Polícia Nacional e com as Forças Armadas Angolanas.

O presidente do PRS, Benedito Daniel, afirmou que os cidadãos da Região Leste do país tentaram exercer apenas o seu direito de manifestação, que sequer foi usado. "Os manifestantes nem sequer foram ouvidos pelo Executivo”, disse.

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