Economia

Bloqueio de Suez pode aumentar vendas

O bloqueio que já leva seis dias do canal de Suez, no Egipto, pode beneficiar Angola, mesmo que muito pouco, a economia angolana, uma vez que a alternativa de os navios-cargueiros contornarem o cabo de Boa Esperança (África do Sul), para a ligação à Europa, Ásia e América exigirá também maior consumo de combustível.

29/03/2021  Última atualização 08H45
© Fotografia por: DR
Para o especialista em mercados petrolíferos António Oliveira, mesmo sem precisar valores, "fica claro que a rota alternativa trará ao país mais clientes à procura de abastecimento, sobretudo os europeus, que precisam levar e trazer mercadorias diversas".
Os dados avançam que, pelo canal de Suez, passam , diariamente, cerca de 106 navios e um valor médio de 9,6 mil milhões de dólares em mercadorias.

"Se os navios não passarem por lá, eles vão ter que contornar a África, o que aumenta a viagem em praticamente um mês”, disse um analista internacional à Bloomberg.
Nos últimos dias, as esperanças aumentaram para o fim do bloqueio do Canal de Suez no Egipto, onde um cargueiro com mais de 200 mil toneladas a bordo impede a passagem de outros tantos navios.

Neste momento, a empresa proprietária acredita que o porta-contentor vai estar livre no sábado à noite, mas a empresa holandesa contratada para ajudar na operação demonstra mais prudência.
Dados de até ontem, por altura do fecho desta edição, davam conta que as equipas de resgate haviam conseguido libertar o leme e as hélices do porta-contentores encalhado no Suez, segundo uma das empresas que opera no canal e que continua a dragagem de areias para libertar o casco.
Depois de mais uma tentativa falhada, na noite de sábado, para rebocar o navio, em aproveitamento à maré alta, "esta manhã (ontem) foi noticiado que o leme e as hélices foram libertados", anunciou na sua página da Internet a empresa de serviços marítimos Gulf Agency Company (GAC), sediada no Dubai e que opera no canal.

Contudo, a Autoridade do Canal de Suez fez saber, segundo notícias, que a proa (parte da frente de uma embarcação) do navio ainda está afundada na margem e que houve sim um ligeiro movimento lateral.

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