A informação foi presta-da na última terça-feira, no workshop sobre o financiamento das PME via mercado de capitais, promovido pela Bolsa de Dívida e Valores Mobiliários de Angola (BODIVA) em parceria com o Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM).

Fonte alternativa
Para o presidente do Conselho de Administração da Bodiva, Aldair Costa, o surgimento do mercado secundário será uma fonte alternativa de financiamento das PME, uma vez que a banca convencional tem apresentado constrangimentos que impedem o desenvolvimento dessas empresas.
Com a entrada em funcionamento dessa plataforma, disse, poder-se-á ajudar as empresas a dar um salto em aumentar a capacidade de produção, número de empregos e, sobretudo, contribuir para o desenvolvimento da economia.

"É certo que, para a bolsa não irão todas as empresas, pois, é um mecanismo que requer algum treino específico a nível do mercado financeiro e algumas empresas, certamente, não poderão estar preparadas”, afirmou.
Por seu turno, o PCA do INAPEM, Arnito Agostinho, disse que o instituto já tem identificado, dentro dos pressupostos definidos, as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) com capacidade. "Vamos olhar pela estrutura, pois temos estado a trabalhar de forma afincada para que as mesmas se tornem robustas”, garantiu.

Empresas identificadas
Arnito Agostinho disse ainda que o INAPEM identificou as empresas que aparentam ter projectos viáveis para serem financiadas por via do mercado de capitais, apesar de ainda não ser algo concreto, pois passarão ainda por um processo de capacitação em governação corporativa.

O coordenador de desenvolvimento de mercados da Bodiva, Nivaldo Matias, disse, na ocasião, que as PME em Angola representam cerca de 99, 5 por cento num universo de cerca de 52 mil empresas activas registadas.