Cultura

Bonga é distinguido com prémio prestígio

O músico Bonga recebeu, sábado, em Lisboa, o Prémio Prestígio-música, na gala dos 25 anos da RTP África, numa gala em que foram premiadas outras 12 personalidades, cujos trabalhos estiveram em destaque ao longo dos últimos 25 anos no universo lusófono.

20/04/2021  Última atualização 10H00
Músico recebe mais um prémio internacional de carreira © Fotografia por: Edições Novembro
O angolano, um dos mais internacionais artistas africanos lusófonos da actualidade, tem diversas distinções na carreira, dentre as quais medalhas e discos de ouro e platina, assim como temas interpretados por outros artistas de renome, como Martinho da Vila, Alcione e Elsa Soares (Brasil) e Mimi Lorca (França).A gala contou com as performances dos Calema, Soraia Ramos, Micas Cabral, Manecas Costa, Paulo Flores, Guilherme Silva e Tito Paris. 
Perfil

Natural do Bengo, Barceló de Carvalho cresceu em Luanda, em bairros, como os Coqueiros, Ingombota, Rangel e Marçal. Desde pequeno viveu num ambiente intimista de preservação das músicas e tradições angolanas. Por isso, o folclore dos musseques cedo o fascinou.O gosto pela música começou com as turmas dos bairros, em especial no Marçal, onde fundou o grupo Kissueia. Depois criou o próprio estilo musical, afirmando-se a especificidade da cultura angolana, numa época muito conturbada.

Em 1972, na Holanda, lançou o primeiro álbum "Angola 72”, no qual canta a revolução e o amor à pátria. Nesta altura passou a usar o pseudónimo Bonga Kwenda. Um ano depois, actuou, pela primeira vez, nos Estados Unidos, num espectáculo de homenagem à cultura lusófona.Em  Abril de 1974 lançou o CD "Angola 74”. Nos anos 80 torna-se no primeiro artista africano a actuar a solo, dois dias consecutivos no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. É o primeiro africano "Disco de Ouro” e "Platina”, em Portugal.

Em 2010 foi galardoado com o Prémio Nacional de Cultura e Artes, na categoria de Música. Em 2014 foi condecorado, pela Embaixada de França em Angola, com a insígnia de Cavaleiro na Ordem das Artes e Letras, e em 2018 o Estado angolano o condecorou com a Medalha de Bravura e do Mérito Cívico e Social, 1.ª Classe, no âmbito das celebrações do 43º aniversário da independência nacional. Actualmente tem mais de 300 composições, 32 álbuns, mais de 60 videoclipes e sete bandas sonoras de filmes.

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