Coronavírus

Cabo Verde mantém calendário escolar

Cabo Verde vai manter o calendário escolar definido enquanto continuar com casos de Covid-19 nos principais centros urbanos, mas já há ilhas e concelhos com aulas, disse ontem a directora nacional da Educação.

16/02/2021  Última atualização 11H08
Definido calendário escolar, enquanto continuar com casos de Covid-19 © Fotografia por: DR
"As orientações que nós demos para os diferentes concelhos é não alterarmos o calendário escolar, porque quando foi elaborado teve em conta a redução de números lectivos no Natal e no segundo trimestre, em que vamos ter só cinco dias, e queremos imprimir normalidade no funcionamento”, afirmou à agência Lusa Eleonora Sousa.
A directora nacional da Educação reconheceu que as mexidas no calendário escolar suscitam sempre opiniões díspares, em que uns são a favor e outros contra, entendendo que se deve encerrar as aulas porque os países vizinhos estão a registar muitos casos da doença.

"Mas não, nós vamos tentar manter a normalidade do funcionamento das escolas, daí termos optado por manter o calendário que foi elaborado e que está sendo implementado desde Outubro”, completou.
A responsável educativa disse que o Ministério da Educação está a evitar alterações no calendário para não criar instabilidade nos alunos, pais e encarregados de educação.

Quanto ao horário, Eleonora Sousa disse que o Ministério da Educação está em "estreita articulação” com o Ministério da Saúde e a seguir atentamente a evolução do número de casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 no país.
As aulas só voltam à normalidade quando as orientações do Ministério da Saúde forem nesse sentido, garantiu: "Mas enquanto o Ministério da Saúde achar que o nível de contágio de coronavírus não permitir iremos manter com este mesmo horário”, sustentou a directora.

Eleonora Sousa avançou que os concelhos da Praia, em Santiago, São Vicente e outros mais urbanos continuam com o horário estabelecido em Outubro, enquanto nos restantes concelhos em que o número de crianças não ultrapassa o indicado, ou seja 22, e as salas o permitem, as aulas estão a decorrer normalmente, com pequenas alterações nas horas.
Instada a fazer um balanço das aulas presenciais, desde Outubro em todo o país e em Novembro na Praia, a directora nacional da Educação disse que as escolas estão a trabalhar normalmente, dentro das orientações sanitárias, com medidas de prevenção como higienização, lavagem das mãos e distanciamento.

"O nosso maior desejo é regressar ao horário e ao calendário anterior, mas temos que ter alguma contenção porque os casos ainda não permitem voltar ao normal funcionamento. Contudo,  o balanço desta normalidade é positivo”, garantiu.
Sublinhou que as escolas têm trabalhado normalmente e não há informações que estejam a acontecer casos de infecção nos estabelecimentos de ensino, por considerar que "as escolas são espaços seguros”.
Em todo o país, as aulas presenciais no ano lectivo anterior (2019/2020) foram suspensas em Março e não chegaram a ser retomadas, até ao mês de Outubro, devido à pandemia de Covid-19. 

Durante a suspensão, o Ministério da Educação implementou um programa educativo denominado "Aprender e estudar em casa”, aulas na televisão, na rádio e noutras plataformas, em alternativa ao encerramento das escolas em 20 de Março, para impedir a transmissão da doença.
O programa teve como objectivo fazer os estudantes manter o vínculo com o meio educativo e o contacto com os docentes e os conteúdos de ensino-aprendizagem,  enquanto estavam em casa por causa das restrições impostas para evitar a propagação do novo coronavírus.

As aulas presenciais do ano lectivo 2020/2021 em Cabo Verde arrancaram em 1 de Outubro em todo o país, com excepção da Praia, devido ao nível de transmissão da Covid-19 na capital, onde os alunos começaram em Novembro, com três dias de aulas por semana e com horários reduzidos.
O ano lectivo arrancou em Cabo Verde com cerca de 132 mil alunos nos diferentes níveis de ensino, praticamente o mesmo número do ano anterior, nomeadamente 20 mil alunos no pré-escolar, 80 mil no ensino básico (1.º ao 8.º ano) e os restantes no ensino secundário (9.º ao 12.º ano).

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