Coronavírus

Campanha de vacinação começa hoje em São Tomé

A campanha de vacinação contra a Covid-19 arranca hoje em São Tomé e Príncipe, garantiu ontem, a coordenadora do processo, Solange Vila Nova, sublinhando que estão criadas as condições para o efeito.

15/03/2021  Última atualização 12H22
campanha de vacinação contra a Covid-19 © Fotografia por: DR
O Ministério da Saúde criou 15 locais de vacinação em todo o país, três dos quais em Água Grande, o distrito mais populoso e onde a incidência de contaminação e morte pelo novo coronavírus é maior, designadamente o Centro Hospitalar de São Tomé, Centro Policlínico  e a enfermaria do Quartel-general das Forças Armadas.

Os restantes cinco distritos e a Região Autónoma do Príncipe têm dois locais de vacinação cada.
A campanha vai decorrer em quatro fases distintas e termina em 2022, altura em que o Governo prevê que estejam vacinadas pelo menos 70% da população.
"A primeira  fase vai abranger 3% da população, a segunda 17%, a terceira 30% e outros 25% serão vacinados  na quarta fase", explicou Solange Vila Nova.

A primeira e segunda fases da campanha serão cobertas pelas 24 mil doses de vacina AstraZeneca fornecidas pela Covax, devendo a terceira e quarta etapas ficarem dependentes de "recursos a mobilizar".
"Ainda estamos numa fase inicial, o plano foi traçado para 70%, mas o processo visa abranger toda a população. Isso vai depender muito das condições que  estiverem disponíveis", disse a responsável.

"As vacinas estão a chegar por lote, de maneira faseada, não tendo a disponibilidade total das mesmas no momento, optamos por vacinar por fases", acrescentou a coordenadora da campanha, para esclarecer por que razão fica sem vacinar 30% da população.
De acordo com o Governo, durante a primeira e segunda fase serão vacinados 1.766 profissionais de Saúde, 112 assistentes sociais de instituições de cuidados e 4.356 idosas em Instituições de Saúde e Comunitária, totalizando 6.234 cidadãos.

Cidadãos com idade a partir dos 65 anos, considerados pelo Ministério são-tomense da Saúde como estando "mais em risco", terão prioridade nas duas primeiras fases da campanha.
"Reparamos que o maior número de óbitos foi registado em pessoas com idade a partir dos 65 anos", justificou a médica Solange Vila Nova.

Dos 32 óbitos por Covid-19 registados pelas autoridades sanitárias do país, nove situavam-se nesta faixa etária. Funcionários das câmaras distritais que realizam funerais de óbitos por Covid-19, incluem-se entre as pessoas directamente expostas à doença, mas não estão incluídas na lista de prioridades desta primeira fase de vacinação.

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