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Camponeses aproveitam a chuva para relançar a produção de feijão

Delfina Victorino | Cuito

Jornalista

Camponeses individuais e associados em cooperativas no município de Nharea, província do Bié, estão a produzir intensivamente para atingirem índices elevados de colheita de feijão, tendo em conta a chuva incessante que se verifica na região nos últimos dias, informou a administradora municipal, Maria Chicapa.

29/03/2021  Última atualização 06H00
Famílias camponesas ganharam alento devido chuvas intensas que caem diriamente em várias regiões da província © Fotografia por: Edson Fabrízio | Edições Novembro
"Se até na primeira quinzena de Abril as chuvas continuarem intensamente será possível colhermos grandes quantidades de feijão, ou seja, o município poderá voltar a atingir cifras elevadas como nos anos passados”, previu.
Em relação à produção do milho, Maria  Chicapa  disse  que os resultados  destes primeiros meses do ano foram negativos por falta de chuva . "Estamos a ver a possibilidade de cultivarmos o milho em grande escala na segunda época agrícola”, frisou.

A responsável lembrou que a primeira fase do Ano Agrícola/ 2021 foi negativa devido à estiagem que afectou a produção em muitos campos na comuna da Gamba e na sede da Nharea. "Por isso,  os agricultores apostam também no cultivo da mandioca  para contrapor a escassez de milho e de outros produtos”, disse.

Maria Chicapa fez saber que três cooperativas da região receberam financiamento  no âmbito do Programa de Desenvolvimento Económico (Prodesi), para a intensificação da actividade agrícola. Sem revelar os nomes das cooperativas, a administradora municipal disse que as mesmas "poderão apresentar uma produção satisfatória de vários produtos”.

 
Restrição de energia

A sede do município da Nharea está há mais de 15 dias com restrição na distribuição de energia eléctrica, devido a uma avaria no único gerador que abastece a rede pública. Em face deste contratempo, a região é parcialmente alimentada por dois geradores de 500 KVA cada.  

A administradora municipal disse ao Jornal de Angola que o município deixou de ter regularmente energia desde 2017,  e até aqui, por falta de verbas, o fornecimento tem sido intermitente, pois as entidades de direito não disponibilizam orçamento para as despesas de manutenção dos geradores que abastecem a região.

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