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Candidato do MLSTP-PSD aposta na estabilidade

O candidato às presidenciais de São Tomé e Príncipe, Guilherme Posser da Costa, identificou, ontem, a estabilidade política e governabilidade do país como a “marca” do seu mandato, caso seja eleito a 18 de Julho.

16/05/2021  Última atualização 07H10
Guilherme Posser da Costa já ocupou vários cargos entre os quais o de Primeiro-Ministro © Fotografia por: DR
"Quero que seja uma marca da minha magistratura enquanto Presidente da República, irei pugnar pela estabilidade política e a governabilidade”, disse, em entrevista à Lusa, o candidato apoiado oficialmente pelo Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), no poder.

"Eu procurarei ser um presidente-árbitro, que procura consensos. Serei um Presidente que tentará utilizar o diálogo até à exaustão para resolver os problemas que eventualmente possam surgir no relacionamento dos diferentes órgãos de soberania, porque acredito que a garantia da estabilidade política e da governabilidade são duas condições fundamentais para podermos garantir a tranquilidade e a confiança necessárias, quer para os nossos cidadãos, quer para os nossos parceiros de desenvolvimento, quer inclusive para a atracção de investimentos”, sustentou Posser da Costa.

Perante uma "crise política verdadeira” -em contraste com "muitas delas, que são só crises artificiais, movidas por estratégias partidárias” -, o Presidente da República deve ter "uma actuação proactiva”, promovendo o diálogo e transmitindo "o perfeito conhecimento das competências de cada um dos órgãos”. "Por isso, o slogan da minha campanha é ‘Harmonia e Progresso’.
 É absolutamente essencial que haja uma maior coesão social para que se crie um clima mais amplo de estabilidade”, sustentou.
Antigo Primeiro-Ministro, ministro dos Negócios Estrangeiros, juiz do Supremo Tribunal de Justiça, entre outros cargos, Posser da Costa, 67 anos, dedicou os últimos 20 anos da sua vida à advocacia.

Uma "verdadeira reforma da Justiça” é uma das prioridades da candidatura de Posser da Costa.
"Os são-tomenses não confiam muito na Justiça. Acham que a Justiça ainda é um bocado discriminatória e só é feita para os mais pobres e os mais ricos conseguem passar pela malha dela e continuam a cometer os crimes, impunes”, considerou o Presidente Nyusi.
 
Aposta na diplomacia económica

A sua proposta passa por dois aspectos: a assessoria, para auxiliar os juízes são-tomenses, nomeadamente por magistrados reformados de países lusófonos, e a inspecção judicial, que admite ser "polémica, mas absolutamente necessária”.
Num país em crise e muito dependente da ajuda externa, Guilherme Posser da Costa considera este não ser um processo irreversível e quer apostar numa "diplomacia económica efectiva”.

"No exercício da minha função e eventualmente nos contactos que irei estabelecer com entidades de outros países, mobilizarei recursos, sobretudo o investimento estrangeiro directo para o desenvolvimento daqueles sectores onde existem mais probabilidades de um desenvolvimento rápido e que possam proporcionar um crescimento mais sustentável para o nosso país”, referiu, apontando para o turismo, a agricultura e a pesca.

"O nosso desenvolvimento económico passa pela completa consciência da nossa parte que a nossa situação geográfica é propícia para transformarmos São Tomé e Príncipe num país prestador de serviços”, sublinhou Posser da Costa, acrescentando que o país precisa de diminuir o grande fosso que existe” entre os recursos próprios e a ajuda externa.

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