Sociedade

Carne seca de dezenas de animais selvagens apreendida pelo SIC

Nicolau Vasco|Menongue

Jornalista

Pelo menos, 750 quilos de carne seca de veado, javali, gunga e cabra do mato, entre outras espécies de animais selvagens, abatidos, por caçadores furtivos, no Parque Nacional de Mavinga, na província do Cuando Cubango, foram apreendidos, na quarta-feira, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), em Menongue.

19/03/2021  Última atualização 08H00
Carne seca estava embalado em seis sacos de 150 quilogramas © Fotografia por: Nicolau Vasco | Edições Novembro | Menongue
O porta-voz do SIC, Paulo Dias de Novais, informou que a carne seca estava embalada em seis sacos de 150 quilogramas cada, transportados por uma carrinha de marca Toyota, modelo Hilux, que foi interceptada de madrugada, nas proximidades da cidade de Menongue. O motorista e a mercadoria foram já apresentados ao magistrado do Ministério Público, como prova do crime.

Segundo informações obtidas durante a operação, a mercadoria saiu de Mavinga até Cuito Cuanavale, num camião que fez o transbordo para a carrinha Hilux, que tinha como destino Luanda, onde seria comercializada a carne que foi apreendida com ajuda de populares que denunciaram o facto à Polícia Nacional.

Paulo Dias de Novais disse que os proprietários da mercadoria continuam em fuga, mas a Polícia Nacional em colaboração com os outros Órgãos de Defesa e Segurança estão no encalço dos indivíduos, incluindo os caçadores furtivos que insistem em dizimar a fauna e a flora nos parques nacionais de Mavinga e Luengue-Luiana no Rivungo.

O director provincial do Ambiente, Júlio Bravo, defendeu a necessidade do reforço dos fiscais ambientais e meios de transportes com tracção à quatro rodas, para a província do Cuando Cubango que tem sido o epicentro deste tipo de negócio ilícito de abate e venda de carne de animais selvagens, sobretudo de espécies protegidas.

Alertou que com este ritmo de abate dos animais selvagens, os parques de Mavinga e Luengue-Luiana, integrados no projecto turístico internacional de Okavango-Zambeze que está a ser implementado por Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe, poderá empobrecer a componente angolana.  

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