Sociedade

Casos de violência doméstica registam redução em Cacuaco

Maiomona Artur | Cacuaco

Os casos de violência doméstica em Cacuaco registaram uma diminuição no primeiro trimestre deste ano, segundo a directora municipal da Acção Social, Família e Promoção do Género, Isabel Vesse Vesse, em entrevista ao Jornal de Angola.

15/04/2021  Última atualização 11H05
© Fotografia por: DR
De acordo com a responsável, neste período há o registo de 193 casos contra 300 no igual período do ano anterior.Afirmou que a diminuição de casos tem a ver com o árduo trabalho que a instituição tem desenvolvido, com maior incidência na realização de palestras de sensibilização nas escolas e espaços de maior concentração populacional.

A maior parte das queixas recebidas tem a ver com o abandono dos lares, desalojamento das parceiras, fuga à paternidade, incumprimento de mesada, chantagem, ameaça de morte, acusação de feitiçaria, ofensas morais e corporais.Explicou que, além disso, os técnicos da direcção que dirige levam ainda abordagens sobre a fuga à paternidade, resgate dos valores morais e cívicos e a violência doméstica nos mercados e igrejas.

Destacou os Distritos Urbanos do Belo Monte e Kikolo, como sendo os que mais dão entrada de casos de violência doméstica por serem zonas com alto índice de pobreza, mas reconheceu  que se tem conseguido dar o devido tratamento, no sentido de banir este mal que enferma muitas famílias da municipalidade.   

A falta de condições sociais e de formação tem levado muitas famílias à desunião e a comportamentos menos abonatórios para uma convivência sadia e harmoniosa.Isabel Vesse fez saber que durante o ano transacto, mesmo com a situação da pandemia que assola o mundo, houve um aumento no apoio aos mais vulneráveis, uma vez que muitos chefes de famílias perderam os  empregos, com as restrições que se impuseram com o encerramento de alguns estabelecimentos comerciais.

Lamentou o facto de muitos pais mandarem os  filhos menores de idade comercializar produtos diversos ao longo das estradas e nas vias públicas, o que contribui, negativamente, na formação académica dos petizes.

Perspectivou para o presente ano, mesmo com as restrições da Covid-19, continuar a trabalhar na implementação do Programa de Combate à Pobreza, em todos os bairros que compõem o município, com maior realce para os Mulenvos, pelo facto de o Belo Monte, ser tido como um bastião de queixas, onde existe vários problemas sociais básicos que têm dificultado o bem-estar da população.

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