Sociedade

Cinco mil parteiras formadas até 2022

O Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mu-lher prevê formar, até ao final de 2022, cinco mil parteiras tradicionais, no âmbito da política do Executivo que visa a melhoria da qualidade de vida das famílias angolanas, disse ontem, em Cabinda, a secretária de Estado para a Promoção da Mulher.

06/05/2021  Última atualização 10H05
© Fotografia por: Mota Ambrósio | Edições Novembro
Elsa Bárber, que discursava no acto nacional em alusão ao Dia Internacional da Mulher Parteira, sob o lema "capacitar a parteira tradicional, promover a responsabilidade parental e institucional e a cidadania em tempos da pandemia da Covid-19”, que decorreu no município de Cacongo, referiu que, das cinco mil parteiras 3.993 já foram capacitadas em todo o país, no quadro do programa de promoção do género e do empoderamento da mulher. 

 "O processo da educação das mulheres visa ultrapassar os níveis de pobreza a que estão sujeitas”, disse, sublinhando que o grande desafio do seu pelouro é garantir formação para que sejam inseridas no mercado de trabalho, de forma a equilibrar a expectativa do género. Assegurou que a pouca disponibilidade de informação educativa tem estado a permitir que se intensifiquem os abusos e as formas de exploração e de violência sexual, sobretudo nas raparigas, que, em muitos casos, resultam em gravidez indesejada e contágio de doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV|Sida. 

O vice-governador de Ca-binda para Área Política e Social, Miguel Oliveira, disse que o Governo Provincial tem criadas condições mínimas em várias unidades sanitárias, como salas de parto, e aposta na formação de profissionais de saúde, que têm garantido assistência condigna às mu-lheres grávidas. 

"Enaltecemos o contributo valioso que as parteiras tradicionais têm dado às famílias, principalmente nas zonas mais recônditas”, disse.   A parturiente Rosa Mataia, que falou em nome das parteiras tradicionais, pediu mais apoio e a atribuição de kits de trabalho, para que possam exercer a actividade de parto da melhor maneira possível. "Pedimos o reconhecimento da nossa actividade e micro-créditos”.  

Joaquim Suami e Leonor Mabiala | Cabinda 

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