Cultura

Cineasta Maria João Ganga distinguida no Fesc-Kianda

Mário Cohen

Jornalista

A cineasta Maria João Ganga é homenageada hoje, às 15h00, no Centro Cultural Brasil-Angola (CCBA), em Luanda, na II edição do Festival Internacional de Curtas-Metragens da Kianda (Fesc-Kianda), pelos seus feitos em prol do desenvolvimento do cinema angolana.

21/01/2021  Última atualização 10H30
Primeira realizadora angolana é homenageada pelo contributo prestado à divulgação do cinema © Fotografia por: DR
Em declarações, ontem, ao Jornal de Angola, Vânio de Almeida, director do Fesc-Kianda, disse que a homenagem vai contar com a presença do ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Jomo Fortunato, e da governadora de Luanda, Joana Lina.

Com o objectivo de celebrar os 445 anos da Cidade de Luanda, que se assinala a 25 deste mês, o programa do festival, que vai decorrer até a próxima segunda-feira, reserva para hoje, além de homenagear a  realizadora do filme "Na Cidade Vazia” (2004), que também escreveu o argumento, a apresentação do resumo da obra cinematográfica de Maria João Ganga, a actuação do humorista Môureo, exibição de peça de teatro e declamação de poesia.

Vânio de Almeida avançou que durante o Fesc Kianda, edição 2021, vão ser exibidos,  de Angola, os filmes "O mesmo”, de António Correia, "Precioso”, de Areal Casimiro, "Porquê”, de Nuno Barreto, "Vivências”, de Ernesto Castelo, "A Gente Secreto”, de Yuri Fernandes, "Mack-Up”, de André Manuel, "A Testemunha”, de Nguambi Silva, "Direitos Iguais”, de José Baptista, "Jesus”, de Ambriz Satanha, e "Justiça”, de Joel Garcia.

Dos convidados Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o festival vai contar com as participações das curtas-metragens "Com Vida”, da portuguesa Ana Cavazzana, "Dezoito”, do brasileiro Caiu Castro, "O Artista”, do moçambicano Miguel de Sá, e "Último Dia”, do cabo-verdiano Alexandre Caveiro.

O director do Fesc-Kianda disse que era pretensão da organização do festival contar com a presença dos realizadores convidados da CPLP, mas viram goradas essa aspiração por causa da suspensão de muitos voos internacionais para o território nacional a partir do próximo dia 24, devido a nova vaga da pandemia da Covid-19, que o mundo está a viver.

O programa do Fesc-Kianda inclui debates, palestra e seminários, através de vídeo-conferência,  nos quais participam realizadores de Portugal, Moçambique, Brasil e Cabo Verde, cujos curtas-metragens competem nesta edição do festival.
Quanto a distinções, Vânio de Almeida assegurou que a organização premiará os melhores, nomeadamente o filme do festival, produção nacional, realizador, actor, actriz, documentário, argumento original, banda sonora,  figurino, edição, efeitos visuais, maquilhagem e direcção de arte e de fotografia. Os laureados vão ser distinguidos com estatuetas e diplomas.

A intenção, disse, era distinguir os laureados, para além das estatuetas e diplomas, com um valor monetário mas não será possível por falta de patrocínios.
"Essa intenção vai ser reforçada na  próximo edição” garantiu o director do festival, acrescentando que a organização está a envidar esforços para que este propósito se concretiza na próxima edição do Fesc-Kianda, com a finalidade de valorizar, estimular e incentivar os cineastas nacionais a produzirem com maior regularidade.


Debates

A organização do Fesc-Kianda, edição 2021, decidiu realizar, este ano, várias palestras, encontros, seminários e debates sobre o estado actual do cinema em Angola, assim como promover a troca de experiências entre os realizadores nacionais e da CPLP.

Para o efeito, a organização tem programadas palestras, debates e seminários sobre temas importantes que vão contribuir para o desenvolvimento do cinema no país, como "A Industrialização do Cinema em Angola”, "A unificação da Classe”, "Qualidade dos Filmes Angolanos”, "Como Captar Recursos para a Produção Nacional”, "A Importância do pós-Produção”, "A importância da Representação no Cinema”, "Cinema e o seu Crescimento em Angola” e "A Importância da Fotografia no Cinema”.

Para os debates foram convidados especialistas, para falarem sobre o cinema em Angola e sobre a cidade de Luanda, por ser o melhor mercado. Entre os convidados destacam-se o presidente da Associação Angolana de Profissionais de Cinema e Audiovisual (Aprocima), Óscar Gil, os realizadores Nguxi dos Santos, Miguel Hurt, Mawete Paciência, Henrique Narciso, Tekassala Mandombe, Nguabi Silva, Ochi Fu e Cláudio Chocolate.

Fazem ainda parte da lista dos convidados, Tony Frampenio, director e encenador do grupo Enigma Teatro, os actores Madaleno Fonseca, Dorivaldo Fernandes, Orlando Sérgio, Francisco Venâncio e Alberto Batalha.


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