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Colossos defendem quota angolana na elite africana

Honorato Silva

Jornalista

A quota de quatro equipas de Angola, nas provas africanas de futebol de clubes, está em risco de ser eliminada na época 2022/23, caso os colossos Petro de Luanda e 1º de Agosto assinem desempenho pouco expressivos na presente edição das Afrotaças.

10/01/2021  Última atualização 21H50
Campeão angolano vai tentar manter posição no ‘ranking’ africano na Taça da Confederação © Fotografia por: Edições Novembro
Os petrolíferos, na Liga dos Campeões, cuja fase de grupos vão disputar pela terceira vez, segunda consecutiva, e os militares do Rio Seco, dada a possibilidade de apuramento para a Taça Nelson Mandela, estão obrigados a defender os pontos de Angola no G12, grupo dos países mais bem posicionados no "ranking” de clubes do continente.  

Para a época 2021/22, Angola tem garantida a inscrição de quatro equipas, duas em cada competição, pois está fora do alcance dos países que perseguem a subida para o grupo de elite. Na oitava posição, 31,5 pontos, o futebol angolano está protegido dos ataques da Líbia, 13ª classificada, 11 pontos, e da Costa do Marfim, 14ª, apenas nove pontos somados.  

A actual safra das equipas nacionais, já com a inclusão do mínimo de cinco pontos somados pelo Petro de Luanda, por passar à fase de apuramento, pode ser reforçada caso o 1º de Agosto seja bem-sucedido no "play-off” frente ao Namungo FC da Tanzânia, nos dias 14 e 21 de Fevereiro. Os militares podem adicionar pelo menos dois pontos.   
Últimos desempenhos  

A classificação de clubes é feita a partir dos pontos acumulados pelos representantes dos países nas últimas cinco épocas. Na contagem das edições das Afrotaças de 2017, 2018, 2018/19, 2019/20 e 2020/21, tem peso considerável as prestações dos rubro e negros e dos tricolores, já que Sagrada Esperança e FC Bravos do Maquis ficaram em branco. 

A presença dos militares nas meias-finais da Liga dos Clubes Campeões, em 2018, sob o comando do sérvio Dragan Jovic, bem como a prestação dos arqui-rivais na fase de grupos da prova, na época passada, permite Angola gozar de certa folga no G12, apesar da aproximação do Sudão, no nono lugar, 30 pontos, seguido pela Nigéria e Zâmbia, ambos com 27,5 pontos.  

Os sudaneses procuram avançar no "ranking” com os pontos somados na Liga dos Clubes Campeões, pelo El Merreikh e Al Hilal, equipa treinada por Zoran Maki. Os nigerianos têm o Enyimba FC e o AS Sonidep, na corrida à Taça Nelson Mandela, competição na qual os zambianos mantêm na derradeira eliminatória o Nkana FC e o Napsa Stars.    
Ambição petrolífera  

A repetição da presença na elite africana alimenta a crença dos petrolíferos no crescimento, sobretudo a subida na tabela classificativa. O presidente do clube, Tomás Faria, foi peremptório na conferência de imprensa realizada sábado, a lançar os festejos dos 41 anos da agremiação, a serem assinalados na quinta-feira.  

O dirigente tricolor afirmou que o clube tem de lutar para ficar entre os oito melhores do continente. "Não podemos pensar em outra coisa, a não ser vencer este grupo. Teoricamente somos inferiores, mas vai ganhar aquele que melhor trabalhar”.  

A compensação financeira proporcionada pela presença na principal prova de clubes de África anima Tomás Faria, ao ponto de lançar perspectivas animadoras quanto ao desempenho da equipa, por estar numa fase com muito dinheiro em jogo.   

"Conseguimos arrecadar quinhentos mil dólares. Metade deste dinheiro será distribuído para os atletas e equipa técnica. Os outros 50 por cento ficarão para o clube fazer a sua gestão. Garanto que temos todas as condições financeiras para permanecer na prova até ao fim”, afirmou confiante numa campanha coroada de êxito.

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