A comissão organizativa é coordenada pelo secretário-geral, que apelou a todos os dirigentes e militantes a prestarem a sua colaboração para que o congresso, sucessivamente adiado por "razões técnicas e funcional" e agendado para o período de 13 a 16 de Junho, seja realizado com sucesso.

"Este ano será de muito trabalho para o nosso partido, para além dos desafios internos, de natureza organizativa, estrutural e funcional, temos desafios a nível da competição política do país. Por isso, devemos nos mobilizar todos para o trabalho", exortou Aguiar Laurindo, numa referência às eleições gerais do próximo ano.

Para já, o desafio passa por realizar o quinto Congresso Ordinário, cujo ponto de maior destaque é a eleição de uma nova direcção, já que a actual tem o mandato expirado há dois anos.
O coordenador da comissão organizativa do congresso disse que, oportunamente, será anunciada a data do início da recepção de candidaturas. Ainda não se sabe se o actual presidente, Lucas Ngonda, na liderança desde 2010, volta a concorrer. Os que já manifestaram publicamente a intenção de suceder à Lucas Ngonda são Fernando Pedro Gomes e Tristão Ernesto, ambos membros do Bureau Político.

Outra certeza na disputa é a de Carlito Roberto, filho do fundador do partido, Holden Roberto. Uma fonte do Jornal de Angola próxima a Carlito Roberto garantiu que este vai formalizar a candidatura, assim que o período estiver aberto. A mesma fonte considera Carlito Roberto, antigo deputado, uma figura que "encarna uma certa esperança”, sobretudo no que se refere à reconciliação num partido dividido cujos militantes estão em constantes divisões.

Pedro Gomes, docente universitário e antigo secretário para os Assuntos Políticos e Constitucionais, volta a concorrer à sucessão de Lucas Ngonda, depois de ter perdido com este, no congresso ordinário de 2015 e de ver "chumbada” a sua eleição num congresso extraordinário, organizado por ele, em Junho de 2018, em Luanda, por irregularidades detectadas pelo Tribunal Constitucional.
 
Tristão Ernesto é um militante que sempre esteve nos órgãos de cúpula de sucessivas direcções da FNLA. Já foi comissário do partido junto da Comissão Nacional Eleitoral (CNE). 

Bernardino Manje  e Yola do Carmo