Sociedade

Confinamento fez aumentar dívida da água na Huíla

Arão Martins | Lubango

Jornalista

O confinamento social devido a Covid-19 contribuiu significativamente no aumento da dívida do consumo de água na cidade do Lubango, na Huíla, reconheceu ontem, a presidente do Conselho de Administração da Empresa Provincial de Águas e Saneamento da província.

08/01/2021  Última atualização 13H05
© Fotografia por: Arão Martins| Edições Novembro
Maria Domingos Tyikusse, que falava à margem da inauguração da primeira loja de atendimento aos serviços de água, aberta no bairro Santo António, na cidade do Lubango, disse que, até ontem, tinham o registo de cerca de 980 milhões de kwanzas de dívida.
A responsável referiu que, do total da dívida, mais de 47 milhões de kwanzas são de empresas públicas. "Acreditamos que o período de confinamento social contribui no aumento da dívida do consumo de água na Huíla”, disse.Explicou que, para minimizar a situação, a empresa está a negociar com os clientes, quer privados assim como com empresas públicas.

"Temos consciência de que existe uma grande dificuldade da parte das famílias para poderem ter dinheiro e pagar de uma só vez a dívida contraída. Apesar da responsabilidade do consumidor, a empresa está a negociar com os clientes os moldes de pagamento por prestações”, informou.A responsável sublinhou que o corte do abastecimento de água é a última coisa que se faz. Exortou que as pessoas que têm dívida podem dirigir-se à instituição para negociar as formas de liquidação. "Muitos clientes são trabalhadores de empresas que hoje estão fechadas devido à Covid-19. Acreditamos que este factor tem estado a afectar consideravelmente”, sublinhou.

A PCA da Empresa Provincial de Águas e Saneamento da Huíla informou que os níveis de abastecimento aos consumidores da cidade do Lubango baixaram consideravelmente, devido às fracas chuvas."Estamos num momento menos bom”, disse, acrescentando que todos os anos, nesta altura, os níveis de abastecimento de água tendem a baixar consideravelmente, porque depende de uma captação de furos e de nascente.

Informou que o abastecimento de água baixou de 12 horas para uma média de 6 horas. Referiu que há bairros que recebem água três vezes por semana, durante 6 horas. Apelou aos consumidores a evitar o consumo desregrado de água. Segundo ela, a situação tende a piorar.Disse que, com a falta de chuvas, é aconselhável criar reservas durante as poucas horas que passar água nas torneiras. 

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