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Conselho de Segurança da ONU exige eleições livres no Haiti

O Conselho de Segurança da ONU exigiu hoje, 24, numa declaração aprovada por unanimidade, que o Haiti dê início aos preparativos para a realização de eleições presidenciais "livres, justas, equitativas e transparentes, no país mais pobres do continente americano.

24/03/2021  Última atualização 19H25
Declaração dos EUA sublinha necessidade "urgente" de realizar eleições legislativas © Fotografia por: DR

Redigida pelos Estados Unidos da América (EUA), a declaração sublinha também a necessidade "urgente" de realizar eleições legislativas, que estavam previstas para 2019, com as mesmas características.

O Presidente haitiano, Jovenel Moise, defende que o seu mandato se prolongue até 07 de Fevereiro de 2022, com a oposição a afirmar que tal terminou a 07 de Fevereiro, mas deste ano. A divergência deve-se ao facto de Moise ter sido eleito numa votação anulada devido a fraudes eleitorais, sendo reeleito um ano depois.

Privado do Parlamento, o país afundou-se ainda mais numa crise económica, política e social em 2020. Moise, que governa por decreto, alimentando uma crescente desconfiança contra a sua Presidência, anunciou a organização de eleições presidenciais e legislativas em Setembro. 

Hoje, na declaração, o Conselho de Segurança instou todos os atores políticos no Haiti a "deixarem de lado divergências no interesse do povo" haitiano e a se empenharem "de forma construtiva" na organização das próximas eleições.

O Conselho de Segurança exige também "uma resposta imediata e coordenada" das autoridades à deterioração da situação de segurança no Haiti, "incluindo actividades criminosas de gangues, com um aumento de sequestros, assassínios e estupros". Na semana passada, o governo declarou o estado de emergência por um mês para "restaurar a autoridade do Estado" nas áreas controladas por gangues.

A partir do início do Outono, o Haiti registou um aumento significativo nos sequestros, para assegurar o pagamento de resgates, que afecta indiscriminadamente os habitantes mais ricos. No Haiti, a maioria da população, estimada em cerca de 11,1 milhões de habitantes, vive abaixo do limiar da pobreza.

 

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