Economia

Consumidores ilegais de água vão pagar mais de 160 milhões de kwanzas

Carlos Paulino | Menongue

Jornalista

Mais de dois mil cidadãos na cidade de Menongue e bairros periféricos, na província do Cuando Cubango, que beneficiam ilegalmente de abastecimento de água potável nas suas residências desde 2017 serão obrigados a pagar mas de 160 milhões de kwanzas pelo tempo do consumo do precioso líquido.

26/02/2021  Última atualização 13H06
Comissão de Gestão de Abastecimento de Água do Menongue Rodrigues Bongue © Fotografia por: DR
A informação foi avançada ao Jornal de Angola nesta quinta-feira pelo coordenador interino da Comissão de Gestão de Abastecimento de Água no Cuando Cubango, Rodrigues Bongue, acrescentando que os mais de dois mil consumidores ilegais desde que fizeram a ligação domiciliária clandestina nunca procuraram legalizar a sua situação há mais de três anos.

Rodrigues Bongue explicou que para abertura do contrato de consumo de água o cliente paga uma taxa de 8.500 kwanzas e mensalmente dois mil kwanzas. Acrescentou que só de abertura do contrato a dívida das mais de duas mil residências estima-se em 17 milhões de kwanzas e a do consumo de água desde 2017, o valor ronda em mais de 144 milhões de kwanzas, que somados atingem os mais de 160 milhões kwanzas.

Salientou que das sete mil ligações domiciliares controladas pela sua instituição na cidade de Menongue e alguns bairros periféricos, apenas 4.903 residências têm os contratos formalizados.
Realçou que por este facto os técnicos do seu sector nos últimos dias têm estado de forma pedagógica a sensibilizar os consumidores ilegais, no sentido de regularizarem o mais rápido possível a sua situação, sob pena de deixarem de beneficiar do abastecimento de água potável e também serem responsabilizados criminalmente pela dívida contraída.

"As pessoas devem ter consciência de que para a nossa central de captação, tratamento e distribuição de água potável funcionar, diariamente, gastam-se valores avultados para a compra de produtos químicos para a purificação da água bruta, acessórios para a manutenção do sistema, pagamento de alguns funcionários eventuais, entre outros encargos”, esclareceu.

Rodrigues Bongue defendeu que por esta razão é necessário que as pessoas tenham a cultura de fazer o contrato e o pagamento regular do consumo de água potável nas suas residências ou nas suas instituições.
Lamentou o facto de existir ainda na província do Cuando Cubango e em particular, na cidade de Menongue, muitos cidadãos que insistem em não pagar o consumo de água potável e alguns até dizem que preferem que, corta-se a ligação nas suas casas, porque há muitos rios na região onde podem ir tirar sem custos o precioso líquido.

Acrescentou que esta é uma atitude totalmente reprovável, tendo em conta que a água do rio é bruta e tem muitos microrganismos patogénicos que o seu consumo sem o devido tratamento ou purificação provocam muitas patologias de origem hídrica, com realce para as doenças diarreicas, febre tifóide, infecções urinárias e da pele.

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