O presidente da cooperativa, Esteves António, afirmou que o financiamento do BDA vai servir para adquirir meios e aumentar os níveis de captura de pescado, além de aumentar o número de postos de trabalho.
"Depois de pagarmos este crédito de seis anos, com um período de carência de dois anos, e uma taxa de juro anual de 7,5 por cento, pensamos pedir um novo para adquirirmos embarcações de médio porte e fazermos com regularidade pescas em profundidade”, revelou.


Mais instrumentos
Consta do projecto, a aquisição de duas chatas de fibra de vidro, dois motores, arte de cerca artesanal, uma mini fábrica de gelo e uma peixaria na sede da cooperativa, localizada no Bairro dos Pescadores, para que o produto seja vendido em condições recomendáveis pelas entidades sanitárias.

Com os investimentos, a cooperativa perspectiva deixar de usar chatas com motor à gasolina, e passar para embarcações traineiras de até 12 metros, com motores interiores à gasóleo, para tornar a actividade mais activa.
Esteves António salientou que a cooperativa prevê criar 17 empregos directos (jovens) e mais de 20 postos de trabalho indirectos.

Assegurou, por outro lado, que muita coisa mudou na nova governação, pois, hoje as cooperativas são ouvidas, para aferir os problemas que enfrentam e os tipos de apoio pontuais que precisam.


Produção
Actualmente, a cooperativa que trabalha desde 1979, e que tem uma produção de 144 toneladas de peixe anual, a meta é atingir 187.200 toneladas com a entrada de novos meios.
Com relação às épocas de maior captura, o gestor coope-rativo disse que o período de Maio a Outubro é o mais activo, contrariamente aos meses de Novembro a Abril, que são de maior carência de pescado.

A pesca é a segunda actividade comercial do município de Cacuaco, a par da agricultura, o que leva ao surgimento de muitas cooperativas, mas que acabam por "sucumbir" na fase embrionária por falta de apoio.
"Acredito que o Estado deve apoiar mais as novas cooperativas que surgem com políticas bem gizadas através do Instituto de Pesca Artesanal para os pescadores formarem cooperativas e serem agraciadas com um financiamento”, sublinha.

O BDA reforçou os procedimentos internos de acompanhamento e fiscalização dos créditos desembolsados, com a introdução da modernização tecnológica, que permite a fiscalização por geo-referenciação.
Manuel Barros