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Coroa britânica chora morte de Príncipe Filipe

O príncipe Filipe, que morreu hoje aos 99 anos, nasceu em Corfu em 1921 com o título de "príncipe da Grécia e Dinamarca", mas foi como príncipe consorte da Rainha Isabel II que viveu a maior parte da vida, deixando enlutada a coroa britânica, que hora o seu desaparecimento físico.

09/04/2021  Última atualização 20H25
Príncipe ia completar 100 anos em 10 de Junho

Filho único do Príncipe André da Grécia e da princesa Alice de Battenberg, aos 18 meses o Príncipe Filipe e a família tiveram de abandonar a Grécia devido à instabilidade política criada pela guerra com a Turquia e o tio, o rei da Grécia, Constantino I, foi forçado a abdicar.

Durante a Primeira Guerra Mundial, o príncipe Louis de Battenberg, avô do príncipe Filipe, mudou o nome da família para Mountbatten e foi este nome que Filipe adoptou quando se naturalizou britânico e renunciou ao título real para se casar com a princesa Isabel.

Após passar parte da infância em França, estudou em Inglaterra e na Escócia e ingressou na Marinha Real britânica como cadete em 1939, seguindo os passos do avô, o príncipe Louis, que foi almirante da frota e primeiro lorde do mar.

Em Julho de 1947, foi anunciado o noivado do então tenente Filipe Mountbatten com a princesa Isabel, prima em terceiro grau, e quatro meses depois, em 20 de Novembro, casaram-se na Abadia de Westminster.

Após o casamento, o príncipe Filipe foi agraciado com os títulos de duque de Edimburgo, conde de Merioneth e barão de Greenwich.

Na Marinha, esteve embarcado em vários navios, incluindo durante a Segunda Guerra Mundial, e em 1952 chegou à patente de Comandante.  Mas a carreira militar activa chegou ao fim com a morte do sogro, o Rei George VI, e a proclamação da rainha Isabel II a 6 de Fevereiro.

O casal teve quatro filhos: o Príncipe Carlos, Príncipe de Gales, nasceu em 1948 e a Princesa Ana nasceu dois anos depois.

Depois de ascender ao trono, o casal teve mais dois filhos: o príncipe André, duque de York, nascido em 1960, e o príncipe Eduardo, conde de Wessex, nascido em 1964.

Após visitar a Antárctida e o Atlântico Sul em 1956-57, o Príncipe Filipe passou a desenvolver trabalho na sensibilização para as questões ambientais e a relação entre os humanos e a natureza, e inovou no uso de um carro eléctrico na década de 1960. 

Foi um praticante de desporto activo, nomeadamente de pólo, atrelagem (carruagens de cavalos) e vela, e era também um piloto qualificado, tendo sido o primeiro membro da família real a descolar um helicóptero do jardim do Palácio de Buckingham.

Em 2009 tornou-se o consorte britânico que esteve mais tempo em funções enquanto companheiro de um soberano, uma distinção anteriormente detida pela Rainha Carlota, consorte do rei Jorge III. 

Foi mecenas, presidente ou membro de cerca de 780 organizações e acumulou títulos militares de vários regimentos militares britânicos, mas em 2017 deixou de ser activo nestas funções e abandonou a vida pública. 

Um dos principais legados que deixa é o Prémio do Duque de Edimburgo, criado em 1956 em colaboração com o educador alemão Kurt Hahn e John Hunt, líder da primeira escalada bem-sucedida do monte Everest, para desafiar jovens entre os 14 e 24 anos a fazer voluntariado, participar em expedições na natureza e adquirir conhecimentos fora da escola. 

O prémio opera em mais de 140 países e inspirou milhões de jovens. O duque de Edimburgo, príncipe consorte da Rainha Isabel II, morreu hoje aos 99 anos, anunciou o Palácio de Buckingham.

O príncipe, que ia completar 100 anos em 10 de Junho, tinha saído recentemente do hospital, onde foi submetido a uma intervenção cirúrgica a problemas cardíacos, e regressado ao Palácio de Windsor.

 

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