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Cortada circulação entre Caimbambo e Chongoroi

A ponte sobre o rio Calualua, no município do Caimbambo, desabou na madrugada de sexta-feira, devido as fortes chuvas que se abateram desde às 22 horas de quinta-feira, naquela localidade.

27/03/2021  Última atualização 12H25
Longas filas de viaturas aguardam que o caudal do rio Calualua baixe nos próximos dias © Fotografia por: DR
A ponte, alternativa e provisória, fazia a ligação entre os municípios do Caimbambo e Chongoroi, e facilitava a movimentação das pessoas e bens das várias localidades da província. Perante a grave situação, a comunicação entre os dois municípios ficou cortada e, neste momento, uma coluna com mais de 100 viaturas, entre ligeiros e pesados, provenientes da província da Huíla, aguardam que o caudal do rio baixe, nas próximas horas, para prosseguir com a marcha.

Do outro lado da margem do rio, na zona do Chongoroi, igual número de viaturas encontram-se também perfilados, carregados de diversos produtos de consumo, entre peixe seco e fresco, e ainda sal iodizado, com destino a província da Huíla. Face às fortes chuvas, centenas de casas nos municípios do Chongoroi e Caimbambo ficaram inundadas e algumas sem tecto. Os bairros ficaram intransitáveis e as crianças impossibilitadas de se dirigirem à escola.
Apesar de não se registar nenhuma vítima mortal, no Chongoroi o caos foi maior, sobretudo nos bairros Cavissamba, Angola Livre, Hojy ya Henda,  onde vários hectares de cultivos ficaram destruídos.


Queda de árvore destrói  viatura em Luanda
Uma viatura de marca Honda Citic, que circulava na rua da Ex-Liga Nacional Africana, no Distrito Urbano da Ingombota, em Luanda, ficou parcialmente destruída, em  consequência da chuva que caiu na madrugada de sexta-feira até ao meio da manhã.  De acordo com o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Faustino  Mingues, que prestou a informação ao Jornal de Angola, no interior da viatura apenas se encontrava o motorista, que teve um susto com o embate da árvore sobre o veículo, logo às primeiras horas da manhã.

 Explicou que a queda da árvore causou danos na parte frontal da viatura, tendo ficado   imobilizada. Disse que o incidente originou um enorme engarrafamento na via, durante duas horas, que só terminou depois da intervenção do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros que, de imediato, removeu a árvore e a respectiva viatura do local. Faustino Alves, proprietário da viatura, disse ao Jornal de Angola, ter  contactado a Administração Municipal das Ingombotas, no sentido de se responsabilizar pelos danos. " Fui orientado a escrever uma carta à Comissão Administrativa da Cidade de  Luanda, para esclarecer a ocorrência e anexar duas facturas pró-formas da seguradora para reparação da viatura para, posteriormente, serem analisadas. 

Para o porta-voz do Serviço de Protecção Civil Bombeiros, Faustino Mingues, cabe ao Governo da Provincia  de Luanda tratar da manutenção das árvores que se encontram nas vias públicas. Referiu que,  quanto o incidente, compete, também,  ao GPL a  ressarcir os danos ao proprietário da viatura. Faustino Mingues frisou que a chuva causou, igualmente, inundação de muitas residências, com particular realce ao município de Viana. Informou ainda que algumas bacias de retenção, no distrito do Zango, em Viana, acabaram por transbordar e algumas valas de drenagem também se encontram cheias. Há o registo de ruas alagadas, criando dificuldades na circulação de pessoas e viaturas.

O oficial bombeiro disse tratar-se de dados provisórios e que podem mudar a qualquer momento, porque até ao meio da tarde em que prestou informação ao Jornal de Angola, os técnicos continuavam a fazer levantamento dos danos causados.
"As respostas estão a ser feitas a nível das comissões municipais de Protecção Civil e Bombeiros como, por exemplo, a sucção das águas nas bacias de retenção e limpeza das valas de drenagem, no sentido de permitir que as águas confinadas nos interiores das residências possam escoar”.


Destruídas casas no Moxico     
As fortes chuvas que  se abatem nos últimos meses, na província do Moxico, causaram  a destruição de 225 casas e  sete templos  em quatros municípios,  com maior incidência no Alto-Zambeze, segundo os dados do Serviço de  Protecção Civil e Bombeiros.
O porta-voz do  Comando Provincial da Protecção Civil e Bombeiros, subchefe Domingos  Kajimoto, afirmou que 1.125  famílias ficaram sem abrigo devido a chuva.
As exurradas estão a contribuir para a criação de ravinas e progressão de outras existentes,  tornando-as  em proporções cada vez maiores. Na província existem 47 ravinas , das quais 33  estão no município sede , sendo que três foram estancadas.

Maximiano Filipe | Benguela Alexa Sonhi | Luanda  e  José Rufino | Luena

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